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Mundo
24/02/2015 19:02:00
Indonésia critica interferência e diz que execuções seguirão
Presidente da Indonésia Joko Widodo disse que execução de condenados à morte serão realizadas, apesar de pressão

Terra/pcs

Presidente da Indonésia critica 'interferência estrangeira' e diz que execuções vão em frente

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse nesta terça-feira que nações estrangeiras não devem interferir no direito de seu país de aplicar a pena de morte.

Ele afirmou ainda que a execução prevista de 11 condenados, inclusive um brasileiro, não será adiada.Widodo está sob pressão de líderes internacionais cujos cidadãos enfrentam a morte por tráfico de drogas. Entre eles está o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.

Segundo o presidente, as execuções, que ocorrem por fuzilamento, serão realizadas. Nenhuma data foi anunciada. Além do brasileiro, cidadãos de Austrália e França também estão na lista de condenados à morte.

"Não deve haver qualquer intervenção em relação à pena de morte porque é nosso direito soberano cumprir a nossa lei", disse Widodo a jornalistas em Jacarta.

A Indonésia tem uma das mais severas legislações contra o tráfico de drogas do mundo. As execuções pelo crime foram retomadas em 2013 após uma moratória de quatro anos e o novo presidente tem adotado uma postura dura sobre o assunto.

Na semana passada, o governo indonésio anunciou o adiamento da execução de Gularte e dos demais prisioneiros estrangeiros, alegando que a prisão onde elas ocorreriam não está pronta. Mas vários países têm pressionado a Indonésia para que revogue as execuções.Em janeiro, seis traficantes foram executados, incluindo o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, apesar do pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff. Uma nova rodada de execuções deverá ser realizada nos próximos dias.