Polícia
04/03/2014 09:07:57
Médico posta vídeo de discussão em hospital e caso vai parar na polícia
Munhoz disse que acionou uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local atendeu e registrou a ocorrência, porém, sem encaminhar os médicos para a delegacia.
Correio do Estado/PCS
O médico Eduardo Munhoz, de Nova Andradina, que afirmou ter sido agredido na noite de domingo (2) no Hospital da Vida em Dourados pelo colega de profissão Renato Vidigal, postou um vídeo [assista abaixo] no canal do Youtube mostrando parte da discussão. Nas imagens gravadas por um aparelho de telefone celular, o douradense examina uma paciente numa das alas da unidade hospitalar e em seguida diz que não poderia recebe-la, já que o local estaria sem vagas. Diante da informação, Munhoz pede um perecer médico, quando ambos começam a discutir, nos corredores. Palavras de baixo calão são percebidas na filmagem e também, a situação do hospital, com diversas pessoas em macas no corredor. Após a discussão, o profissional de Nova Andradina afirma que processará o douradense. Munhoz disse que acionou uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local atendeu e registrou a ocorrência, porém, sem encaminhar os médicos para a delegacia.nbsp; Outro Lado O médico do Hospital da Vida, Renato Vidigal, prestou esclarecimentos acerca do caso de agressão ocorrido na noite de ontem em Dourados, envolvendo ele o médico de Nova Andradina Eduardo Munhoz. Em contato com a equipe de reportagem, Vidigal disse que seguiu todos os protocolos de atendimento e que vai denunciar Munhoz junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM), sob acusação de imperícia e imprudência. O caso foi registrado como agressão mútua. Vidigal disse que no início da noite estava com sua equipe toda mobilizada no atendimento às vítimas de um acidente ocorrido em Itaporã, e que resultou na morte de uma jovem de 20 e de sua filha de dois anos. O Doutor relata que ele e seus colegas lutavam para manter a vida de um adolescente de 14 anos ferido gravemente no acidente, quando recebeu a notícia de que uma paciente que necessitava de atendimento urgente estava chegando de Nova Andradina. Quando a mulher deu entrada, ele constatou que a situação não era a mesma daquela que havia sido apresentada pelo seu médico, no caso, o doutor Munhoz. "Estávamos todos mobilizados em estabilizar o adolescente até a chegadas dos cirurgiões, quando veio ao HV a mulher com uma infecção urinária. Eu então deixei de atender o menor ferido para ver como a paciente estava, e pude constatar que não era nada grave", disse Vidigal. Diante desta circunstância, o médico de Dourados afirmou que o caso era de menor complexidade e que poderia ser tratado sem problemas em Nova Andradina. "Durante toda a conversa, ele [Munhoz] ficava me ameaçando e dizendo que estava com tudo filmado no celular. Ele queria que eu fizesse uma ponte e enviasse a paciente para outro hospital da cidade, o que é irregular, por isso, recomendei que ela fosse levada de volta. Ele também pediu uma cópia do prontuário, o que não é permitido por Lei, por isso não passei", apontou.