G1MS/LD
A Polícia Federal vai investigar a procedência de um lote de medicamentos utilizados como contrastes, entregues no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, no início da noite desta quarta-feira (7), após o hospital constatar inconsistências nos produtos e rejeitar a entrega.
De acordo com a polícia, o hospital recebeu 280 frascos de Iopamiron 300, da empresa Promercantil, medicamentos utilizados como contraste para exames e procedimentos cirúrgicos.
Entretanto, a carga chegou com lotes e fabricação diferente do contratado emergencialmente, além de não possuir lacre nem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O lote adquirido pelo hospital é de origem italiana e o que foi enviado é de origem Argentina.
Depois de verificar toda a documentação e constatar que a medicação não era a mesma empenhada, e foi entregue sem o devido acondicionamento o presidente do HR, Lívio Viana de Oliveira Leite, que estava no almoxarifado durante a entrega, acionou a Polícia Militar, que encaminhou o entregador e a carga para a Polícia Federal.
“Infelizmente não poderemos usar os contrastes, pois se trata da mesma fabricante argentina que já havia sido apreendida pela polícia em Corumbá, e a Vigilância Estadual, bem como o Laboratório Oswaldo Cruz contraindicou a utilização devido à impossibilidade de garantia das condições de fabricação transporte”, disse Livio Leite.
Parasita
Nesta quarta-feira (7) o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul também se viu no centro da Operação Parasita do Gaeco (Grupo Especial de Combate à Corrupção).
A força tarefa investiga organização criminosa que simulava procedimentos de compra e venda de produtos para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
Os materiais nunca foram entregues e os prejuízos causados com as fraudes chegam a R$14 milhões. Só em contrastes, o bando lucrou R$ 2,5 milhões em falsas vendas do produto.