\n \n O corte de ponto dos servidores federais em greve levou um\n funcionário público a ir hoje (24) ao Ministério do Planejamento reclamar sobre\n como irá pagar a pensão alimentícia. Sem receber o salário, o agente\n administrativo do Ministério da Saúde Pedro Paulo Procópio Leite, de 31 anos,\n questionou o corte do ponto, já que é obrigado a pagar pensão alimentícia à\n filha. \n \n O agente administrativo passou pela segurança da portaria do\n Planejamento e subiu sem autorização ao 7º andar, onde funciona a Secretaria de\n Relações do Trabalho, responsável por negociar com os servidores em greve.\n "Fui ao setor de Recursos Humanos do Ministério da Saúde e me orientaram a\n procurar o Planejamento, que é quem efetua os pagamentos. Aqui, não quiseram me\n deixar subir. Sou apenas um cidadão em busca de informação", disse. \n \n Um segurança do ministério, que não quis se identificar, disse à\n reportagem da Agência Brasil que as funcionárias da portaria estavam tentando\n localizar o setor que poderia ajudar o servidor, quando ele decidiu subir sem\n autorização. Depois da confusão, o servidor deixou o ministério voluntariamente.\n De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento, o\n corte de ponto obedece à legislação vigente e, durante o período em que for\n aplicado, equivale a uma suspensão do contrato de trabalho - ou seja, é como se\n o servidor não estivesse empregado. O órgão esclarece que reclamações pontuais\n devem ser encaminhadas à Ouvidoria do Servidor. \n \n Procurada pela Agência Brasil, a assessoria jurídica da\n Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público (Condsef) informou\n que o caso de Pedro é o primeiro desse tipo (envolvendo a pensão alimentícia)\n ao qual teve conhecimento. Segundo a confederação, entrará em contato com o\n servidor e avaliará as providências cabíveis. \n \n Nesta semana, quatro entidades sindicais ajuizaram ação no Supremo\n Tribunal Federal (STF) contra determinação do governo federal de cortar o ponto\n dos servidores públicos em greve. Os servidores alegam que, até o momento, não\n há decisão judicial que tenha declarado a ilegalidade da paralisação da categoria.\n \n \n \n \n \n