\n \n Assassinada\n a tiros na madrugada de sexta-feira em Aparecida de Goiânia, região\n metropolitana de Goiânia, Goiás, a travesti Valdir Gabriel Santana pretendia\n voltar para Campo Grande na próxima semana. A informação é da família, que\n acredita em crime homofóbico e está revoltada com o caso.\n \n Irmã da vítima, a atendente Rosenir\n Santana, 43 anos, conta que Gabi Santana, como a travesti era conhecida, foi\n para Goiás há oito meses para visitar uma amiga e acabou ficando por lá. Neste\n período, o contato com a família foi pouco, no entanto, na quinta-feira –\n poucas horas antes de ser morta – ligou para ‘casa’ e avisou que voltaria na\n próxima semana. “Ela disse que iria voltar e que estava tudo bem”.\n \n Rosenir,\n que acompanha o velório de Gabi na Capital junto com outros parentes e amigos,\n acredita que a morte da irmã e das outras três travestis em Goiás tenha sido\n crime homofóbico. Amiga de Gabi, a promotora de vendas Luciana Fernandes, 41\n anos, tem a mesma opinião. “A Gabi vai ser mais uma na estatística”, disse.\n \n Luciana\n conta que assim que soube dos assassinatos pesquisou sobre a cidade e verificou\n que o município é o quinto mais homofóbico do País. Gabriela Santana e outras\n duas travestis - Juliano Almeida de Andrade e outra identificada como Milena -,\n foram mortas quando estavam em uma região de motéis. De acordo com informações\n de jornais do município, as três se prostituíam quando um homem se aproximou,\n mandou que elas deitassem no chão e atirou.\n \n As\n travestis foram mortas com tiros na cabeça. Duas delas estavam de mãos dadas.\n Nenhum suspeito pelo triplo homicídio foi preso.\n \n Na\n mesma madrugada, em outro ponto da região metropolitana de Goiânia, a também\n travesti identificada como Windney Carlos da Silva Machado foi esfaqueada e\n morta. Dois homens foram presos acusados pelo assassinato, Henrique Alexandre\n Rodrigues e Jurivan Pereira dos Santos. Nenhum suspeito pela morte de Gabriela\n foi preso.\n \n \n \n \n