Política
02/02/2013 08:08:08
Acusado por 3 crimes, presidente do Senado pode virar réu no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar se aceita denúncia contra o presidente eleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o transforma em réu até o fim do ano que vem, quando o peemedebista ainda estará no exercício do cargo.
Folha/PCS
\n \n O\n Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar se aceita denúncia contra o\n presidente eleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o transforma em réu\n até o fim do ano que vem, quando o peemedebista ainda estará no exercício do\n cargo. \n \n Na\n semana passada, após cinco anos, o procurador-geral da República, Roberto\n Gurgel, apresentou a denúncia, na qual acusa Renan por três crimes: peculato\n (usar cargo público para obter vantagem), falsidade ideológica e uso de\n documento falso. \n \n Ele\n é alvo de outros dois inquéritos no STF. Por ser senador, tem foro\n privilegiado. \n \n O\n caso se originou em 2007, quando ele teve de deixar a presidência da Casa após\n suspeitas de ter despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes\n Júnior.
\n Ao negar a acusação, Renan apresentou versões e documentos para dizer que era\n ele, e não o lobista, quem pagava uma pensão mensal à jornalista Mônica Veloso,\n com quem tem uma filha. \n \n A\n denúncia afirma que ele mentiu e cometeu crimes para embasar essa mentira. Os\n detalhes da peça de Gurgel foram revelados ontem pelo site da revista\n "Época". \n \n Caberá\n agora ao tribunal analisar se há indícios suficientes para abrir uma ação penal\n --e tornar Renan réu. \n \n O\n relator do inquérito, ministro Ricardo Lewandowski, disse ontem que o processo\n receberá tratamento normal. Haverá possibilidade de novas investigações, mas\n ele deve liberar o caso para julgamento até o fim deste ano. \n \n Depois,\n caberá ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, marcar a análise da denúncia pelo\n colegiado. Isso deve ocorrer até o fim de 2014. \n \n A\n maior parte da denúncia veio a público em 2007. \n \n A\n principal novidade foi na acusação de peculato: segundo a Procuradoria, houve\n desvio de R$ 44 mil de valores da verba indenizatória, por meio de notas\n fiscais de uma locadora de carros em nome de Tito Uchôa, apontado como testa de\n ferro do senador. \n \n A\n Polícia Federal apontou inconsistências entre notas entregues por Renan para justificar\n ganhos com venda de gado, compra de vacinas e as declarações à Receita. \n \n Ela\n também esquadrinhou os cheques que, segundo Renan, teriam sido usados para\n pagar a pensão. Descobriu que, de 118 cheques, 66 foram destinados a outras\n pessoas e empresas e 39 tinham como beneficiários o senador. \n \n Pela\n investigação, subtraídas despesas e receitas, sobrariam só R$ 2.300 mensais\n para a família de Renan viver em 2002, por exemplo. \n \n Renan\n nega as acusações e já acusou Gurgel de agir politicamente ao enviar a denúncia\n às vésperas de sua eleição no Senado.\n \n \n
\n Ao negar a acusação, Renan apresentou versões e documentos para dizer que era\n ele, e não o lobista, quem pagava uma pensão mensal à jornalista Mônica Veloso,\n com quem tem uma filha. \n \n A\n denúncia afirma que ele mentiu e cometeu crimes para embasar essa mentira. Os\n detalhes da peça de Gurgel foram revelados ontem pelo site da revista\n "Época". \n \n Caberá\n agora ao tribunal analisar se há indícios suficientes para abrir uma ação penal\n --e tornar Renan réu. \n \n O\n relator do inquérito, ministro Ricardo Lewandowski, disse ontem que o processo\n receberá tratamento normal. Haverá possibilidade de novas investigações, mas\n ele deve liberar o caso para julgamento até o fim deste ano. \n \n Depois,\n caberá ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, marcar a análise da denúncia pelo\n colegiado. Isso deve ocorrer até o fim de 2014. \n \n A\n maior parte da denúncia veio a público em 2007. \n \n A\n principal novidade foi na acusação de peculato: segundo a Procuradoria, houve\n desvio de R$ 44 mil de valores da verba indenizatória, por meio de notas\n fiscais de uma locadora de carros em nome de Tito Uchôa, apontado como testa de\n ferro do senador. \n \n A\n Polícia Federal apontou inconsistências entre notas entregues por Renan para justificar\n ganhos com venda de gado, compra de vacinas e as declarações à Receita. \n \n Ela\n também esquadrinhou os cheques que, segundo Renan, teriam sido usados para\n pagar a pensão. Descobriu que, de 118 cheques, 66 foram destinados a outras\n pessoas e empresas e 39 tinham como beneficiários o senador. \n \n Pela\n investigação, subtraídas despesas e receitas, sobrariam só R$ 2.300 mensais\n para a família de Renan viver em 2002, por exemplo. \n \n Renan\n nega as acusações e já acusou Gurgel de agir politicamente ao enviar a denúncia\n às vésperas de sua eleição no Senado.\n \n \n