\n \n O prefeito de Campo\n Grande, Alcides Bernal (PP), informou esta tarde, em entrevista coletiva, que\n já propôs medidas contra o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)\n do Calote, vereador Elizeu Dionízio (PSL), por tê-la chamado de ladrão, ao\n afirmando que o chefe do Executivo está “roubando dinheiro” da merenda escolar.\n Bernal anunciou que entrou com representação criminal, pedido judicial de\n indenização por danos morais e requereu abertura de punição na Câmara de Campo\n Grande por quebra de decoro parlamentar.\n \n Ao pedir a cassação\n de Elizeu, o prefeito Alcides Bernal se antecipa ao pedido que o relator da CPI\n do Calote já declarou várias vezes que irá fazer, no sentido de instalação de\n uma Comissão Processante visando o “impeachment” do atual chefe do Executivo\n municipal.\n \n Para\n o prefeito, o vereador Elizeu praticou crime contra a honra, o que o levou a\n pedir previdências legais à Procuradoria Geral de Justiça. “Deve ser processado\n por calúnia, injúria e difamação”, afirmou o progressista. “Ninguém tem o\n direito de chamar outro de ladrão”, protestou. “Falar que o prefeito rouba\n merenda e dinheiro do tapa-buraco é crime”, emendou, observando que há um\n agravante, o fato de Elizeu ser servidor público.\n \n A\n principal acusação de Elizeu Dionízio é relativo à contratação da empresa\n Salute Distribuidora de Alimentos para abastecer com merenda os Centro de\n Educação Infantil (Ceinfs). Para o relator da CPI do Calote, trata-se de uma\n empresa de “fachada” montada exclusivamente para atender à prefeitura, havendo\n infringência à lei de licitação.\n \n Sobre\n a merenda, Bernal não falou nada durante a entrevista coletiva. Restringiu-se a\n dar números sobre a operação tapa-buracos. Segundo ele, enquanto o ex-prefeito\n Nelsinho Trad gastou R$ 81,5 milhões nesse setor nos últimos seis meses de\n 2012, sua gestão conseguiu fazer o serviço por apenas R$ 33,9 milhões no\n primeiro semestre deste ano. Além disso, no revestimento primário, no confronto\n entre a despesa da gestão anterior e da atual, teria sido R$ 101,2 milhões\n contra R$ 26,2 milhões. “A economia total que fizemos foi de R$ 122,6 milhões”,\n salientou. “Portando, Elizeu cometeu uma irresponsabilidade”, emendou.\n \n Ressaltou\n ainda que antes a cidade tinha mais buracos do que hoje e não possuía nada de\n asfalto recapeado. “O único recapeamento foi com dinheiro do governo do\n Estado”, lembrou Bernal, referindo-se à Av. Afonso Pena. “Nós já recapeamento a\n Av. das Bandeiras e vamos fazer muito mais, como a Av. Guaicurus”, comparou.\n \n \n