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Política
23/01/2013 09:00:00
Candidato à presidência do Senado, Randolfe Rodrigues diz que Parlamento não cumpre funções típicas
O senador do PSOL pelo Amapá Randolfe Rodrigues enfrenta em 2013 o favorito na eleição para a presidência do Senado no próximo dia 1º de fevereiro.

UOL/HJ

\n \n O\n senador do PSOL pelo Amapá Randolfe Rodrigues enfrenta em 2013 o favorito na\n eleição para a presidência do Senado no próximo dia 1º de fevereiro.nbsp;\n \n Em\n 2011, foi a mesma história -- o concorrente dele era o ex-presidente da\n República José Sarney (PMDB-AP). Agora, o seu adversário no pleito é Renan\n Calheiros (PMDB-AL), que já ocupou o cargo de presidente de 2005 a 2007.nbsp;\n \n Apesar\n de Calheiros não oficializar sua candidatura e não comentar o assunto, é\n esperado pelos demais parlamentares que o PMDB o indique como sucessor de\n Sarney e tenha o apoio dos partidos que, somados aos peemedebistas, formam a\n base do governo Dilma Rousseff no Congresso.nbsp;\n \n "Eu\n apresento a candidatura por duas inconformidades. Primeiro: o Parlamento não\n cumpre as suas funções típicas: legislar, fiscalizar e representar [a\n população]. Segundo, o Parlamento não tem tido a transparência devida com seus\n gastos. Me parece que a candidatura do Renan [Calheiros] sintetiza e representa\n muito as duas inconformidades", afirmounbsp; Randolfe Rodrigues ao UOL.\n \n No\n âmbito da articulação política, Rodrigues procura apoio entre os senadores que\n se identificam como "independentes" por terem posições próprias, que\n nem sempre seguem as orientações de suas legendas. Um exemplo deles é o senador\n Cristovam Buarque (PDT-DF), que é da base governista e já manifestou apoio a\n Rodrigues.\n \n Na\n mesma linha de Rodrigues, o senador Pedro Taques (PDT-MT) também manifestou a\n intenção de sair candidato, mas ainda não a oficializou. A ideia dos dois é\n dividir os votos e levar a disputa ao segundo turno.nbsp; Ainda que percam, a\n movimentação mostra que o peemedebista não tem o apoio integral dos demais 80\n senadores.nbsp;\n \n "Estou\n me apresentando porque me sinto no dever de não concordar com o consenso e não\n achar que o perfil de Renan é o melhor para o Senado", continuou\n Rodrigues.\n \n O\n mais jovem senador da atual legislatura nasceu na cidade de Garanhuns, em Pernambuco. Depois,\n mudou-se para o Amapá e, logo no começo da juventude, participou do movimento\n estudantil, onde iniciou sua carreira política.\n \n Formado\n em história pela Universidade Federal do Amapá e em direito pela faculdade\n Seama (Associação Educacional da Amazônia), Rodrigues também é mestre em\n políticas públicas pela Universidade Estadual do Ceará.\n \n Em\n paralelo à atividade política, Rodrigues se dedicava ao trabalho de professor:\n lecionou direito constitucional na faculdade Seama e foi professor substituto\n de história na Federal do Amapá. Segundo o senador, desde sua participação na\n CPI do Cachoeira, no ano passado, ele se afastou das salas de aula.\n \n Pelo\n Amapá, elegeu-se deputado estadual em 1998 e reelegeu-se em 2002. A sua saída do PT foi\n em 2005, depois que estourou o escândalo do pagamento de propinas a\n congressistas em troca de apoio político ao governo do presidente Luiz Inácio\n Lula da Silva, caso que ficou conhecido como mensalão.\n \n Randolfe,\n que está casado pela segunda vez, é pai de Gabriel, 18, e Thais, 17, e avô de\n Antônio Gabriel, de dois meses. Ele desafia quem questiona sua experiência para\n ocupar a presidência do Senado e a consequente chefia do Congresso Nacional,\n citando uma frase do dramaturgo inglês William Shakespeare: "maturidade\n tem mais a ver com as experiências que você viveu do que quanto aniversários\n você celebrou".\n \n \n \n \n