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Política
28/02/2014 06:29:45
Decisão do Supremo sobre lavagem de dinheiro fica para 13 de março
Genu e Fischberg, que foram condenados, respectivamente, a quatro anos e três e seis meses, em regime aberto, serão absolvidos do crime de lavagem de dinheiro caso sejam acatados os embargos infringentes.

Agência Brasil/PCS

Foto: Divulgação
Após a decisão que absolveu do crime de formação de quadrilha oito\n condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, os ministros do Supremo\n Tribunal Federal começaram a julgar, na tarde desta quinta-feira (27), os\n embargos infringentes que questionam a condenação do ex-deputado João Paulo\n Cunha, do ex-assessor do PP João Claudio Genu e do ex-sócio da corretora Bonus\n Banval Breno Fischberg pelo crime de lavagem de dinheiro.\n \n Por decisão do plenário, a sessão foi destinada a ouvir apenas os defensores\n dos condenados e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com isso, o\n desfecho do julgamento ficou para o dia 13 de março, quando o Supremo vai\n decidir se os três tinham conhecimento dos crimes antecedentes à lavagem de\n dinheiro, ou seja, de que o dinheiro era oriundo de irregularidades.\n \n Os advogados pediram a absolvição dos clientes. Pierpaolo Bottini, defensor\n de João Paulo, foi o primeiro a falar. Ele tratou do episódio em que a esposa\n de Cunha, Márcia Regina, foi encarregada pelo então deputado de sacar R$ 50 mil\n em espécie no Banco Rural. Foi esse episódio que levou João Paulo a ser\n condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Na argumentação do\n advogado, o então deputado não sabia da origem criminosa dos recursos.
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\n "Não parece aqui que exista ocultação, que exista dissimulação. A esposa\n foi ao banco durante o dia, pegou os R$ 50 mil e assinou um recibo", disse\n Bottini.
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\n Genu foi um “mero intermediário" dos verdadeiros beneficiários do crime e\n também não tinha ciência da origem dos recursos recebidos, ressaltou o advogado\n que o defende, , Maurício Maranhão.\n \n O advogado de Fischberg, Antonio Sérgio Pitombo, também argumentou que o\n sócio da corretora Bônus-Banval não cometeu crime de lavagem de dinheiro.
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\n Se o Supremo acatar os embargos cujo julgamento teve início hoje, João Paulo,\n que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, terá a\n pena total diminuída de nove anos e quatro meses, em regime fechado, para seis\n anos e quatro meses e poderá cumprí-la em regime semiaberto.
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\n Genu e Fischberg, que foram condenados, respectivamente, a quatro anos e três e\n seis meses, em regime aberto, serão absolvidos do crime de lavagem de dinheiro\n caso sejam acatados os embargos infringentes.\n \n \n