\n \n Os\n gastos dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul com a verba de\n gabinete nos primeiros sete meses deste ano somaram R$ 1.254.900,69. A cota\n parlamentar, que pode ser usada para compra de passagens aéreas e pagamento de\n postagem de cartas e ligações telefônicas, entre outras despesas, nada tem a\n ver com o salário do deputado federal, que é de R$ 26,7 mil por mês.\n \n O\n campeão de gastos da bancada do Estado na Câmara Federal foi o deputado Geraldo\n Resende (PMDB), que usou 214.427,29 de janeiro a julho. Seu maior gasto\n aconteceu em junho, quando a despesa somou R$ 39.162,35. Embora os meses de\n janeiro e julho sejam de recesso parlamentar, nesses dois meses Geraldo usou,\n respectivamente, R$ 28.645,59 e R$ 25.162,35 da cota.\n \n Já\n a menor despesa foi realizada pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB),\n R$ 114.632,77, especialmente em razão de não ter gasto nenhum centavo da verba\n no mês de março. Nos meses de recesso, Azambuja despendeu R$ 8.115,80 (janeiro)\n e R$ 13.107,63 (julho).\n \n Chama\n atenção ainda o fato de o deputado federal Akira Otsubo (PMDB) ter um dos mais\n altos gastos proporcionais em apenas quatro meses de mandato. Suplente, Akira\n assumiu a vaga deixada pelo deputado licenciado Edson Giroto, do mesmo partido,\n que assumiu o cargo de secretário estadual de Obras. No período de abril a\n julho, o mais novo parlamentar da bancada federal de Mato Grosso do Sul\n consumiu R$ 120.522,43 da cota. Desse total, a despesa mais elevada foi\n realizada em junho, R$ 43.152,58.\n \n A\n cota gasta por Akira em junho foi elevada, superando o limite mensal da Câmara\n Federal, embora compensável pelo menor dispêndio em outros meses, mas ainda é\n menor do que a verba usada pelo deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) em abril,\n R$ 45.562,82. O total da despesa de Mandetta nos últimos sete meses foi de R$\n 184.552,05. Nos dois períodos de recesso, ele gastou respectivamente R$\n 20.591,51 (janeiro) e R$ 13.192,81 (julho).\n \n Os\n dois deputados federais do PT, Antônio Carlos Biffi e Vander Loubet, tiveram o\n mesmo patamar uso da cota parlamentar de janeiro a julho. Biffi gastou R$\n 144.693,02, tendo utilizado no recesso de janeiro R$ 17.083,39 e no de julho\n apenas R$ 1.139,75. Vander consumiu nos primeiros sete meses do ano R$\n 144.461,72, sendo R$ 19.643,19 em janeiro e R$ 9.830,25 em julho.\n \n Fábio\n Trad utilizou R$ 178.037 da cota parlamentar no período, com o maior gasto, de\n R$ 41.187,92, tendo ocorrido em abril. Nos meses de recesso, Fábio usou R$\n 18.319,38 (janeiro) e R$ 4.868,90 (julho).\n \n De\n janeiro a julho, Marçal Filho gastou R$ 153.573,83 da cota parlamentar, sendo\n R$ 21.499,58 no recesso de janeiro e R$ 5.131,85 no do mês passado.\n \n Cota parlamentar\n \n A\n verba para esse tipo de despesa está prevista no Ato da Mesa da Câmara Federal\n nº 43, de 2009, que institucionalizou a Cota para o Exercício da Atividade\n Parlamentar e entrou em vigor em julho de 2009. Ficaram reunidas numa só cota\n as despesas anteriormente custeadas pela Cota de Transporte Aéreo, Cota\n Postal-Telefônica e Verba Indenizatória.\n \n A\n cota agora abrange 12 categorias de despesas: passagens aéreas; telefonia;\n serviços postais; manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar;\n assinatura de publicações; fornecimento de alimentação ao parlamentar;\n hospedagem, exceto do parlamentar do Distrito Federal; locação ou fretamento de\n aeronaves, embarcações e veículos automotores; combustíveis e lubrificantes,\n até o limite de R$ 4.500 mensais; serviços de segurança, no mesmo limite;\n contratação, para fins de apoio ao exercício do mandato parlamentar, de\n consultorias e trabalhos técnicos, permitidas pesquisas socioeconômicas; e\n divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores às\n eleições.\n \n Atualmente,\n a cota parlamentar varia de R$ 23.033,13 por mês para parlamentares do Distrito\n Federal a R$ 33.516,34 mensais para os deputados do Acre. No ano passado, a\n Casa gastou R$ 170 milhões com a cota parlamentar. Essa variação ocorre por\n causa das passagens aéreas e está relacionada ao valor do trecho entre Brasília\n e o Estado que o deputado representa.\n \n \n