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O ex-deputado federal Edson Giroto confirmou sua filiação ao Partido Liberal (PL) neste domingo (21), marcando oficialmente sua volta ao cenário político de Mato Grosso do Sul após quase uma década afastado da vida pública. O ato de filiação ocorre hoje e simboliza o reencontro de Giroto com a sigla pela qual já fez história: em 2010, foi o deputado federal mais votado do estado justamente pelo PL, então a pedido do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto.
Ao TopMídiaNews, Giroto destacou os motivos que o levaram a optar pelo PL, incluindo os convites de nomes como Coronel David, Rose Modesto e o ex-governador Reinaldo Azambuja. “Gosto muito do Reinaldo. Nós conversamos bastante. Além da amizade que tenho pelo Valdemar [Costa Neto]. Estive com ele semana passada em Brasília, conversamos bastante. Fui eu que trouxe o PL pra cá. Quer dizer, o PL já tinha com o Londres Machado, mas eu fui o primeiro deputado federal pelo PL, a pedido do Valdemar. Foi ele que me deu a Comissão do Orçamento. Nós temos uma relação pessoal muito forte, de respeito e amizade mesmo, muito amigo mesmo”, declarou.
Retorno após período de silêncio
A filiação sela uma reaproximação de Giroto com a política após anos de afastamento. Engenheiro civil de formação, ele construiu uma carreira de destaque como secretário municipal e estadual de obras, além de assessor no Ministério dos Transportes. No auge, chegou à Câmara Federal com votação recorde em 2010.
O declínio começou em 2016, quando foi preso na Operação Lama Asfáltica, acusado de envolvimento em desvios em obras públicas. Ao todo, entre idas e vindas, cumpriu 38 meses de prisão. O período, segundo o próprio, foi marcado por perdas profundas — a morte do pai, o nascimento de um neto que não pôde acompanhar e a distância da filha caçula.
Em entrevista recente ao TopMídiaNews, Giroto reafirmou sua inocência e acusou o Judiciário de erros e excessos. A anulação de ações no TRF-3 por suspeição do juiz Bruno Teixeira foi comemorada como um marco em sua defesa. “Me destruíram por dentro, mas não conseguiram me dobrar. Nunca delatei porque não tinha o que delatar”, afirmou.
Agora, Giroto retomaa vida política no partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Quero voltar para ajudar. Não é vaidade, é idealismo. Ainda posso fazer mais pelo meu estado”, disse.