Política
17/04/2013 06:19:07
Presidente da Câmara faz "maracutaia" para evitar derrubada de projeto da oposição
O presidente da Câmara de Campo Grande, aliado a vereadores da oposição, fizeram uma manobra para impedir que uma lei fosse à votação na Câmara de Campo Grande.
Midiamax/PCS
\n \n O presidente da Câmara de Campo Grande, aliado a vereadores da\n oposição, fizeram uma manobra para impedir que uma lei fosse à votação na\n Câmara de Campo Grande. Os vereadores votariam em primeira discussão a proposta\n de emenda à lei orgânica 61/13, que autoriza o armamento da guarda municipal. \n \n Os vereadores precisariam de dois terços dos votos, 20, para\n aprovarem a proposta. Vendo que não conseguiriam os votos,nbsp;vereadores da\n oposição e o presidente da Câmara fizeram o que um dos vereadores classificou\n como maracutaia para conseguir evitar a derrubada do projeto. A oposição\n tinha 19 votos e precisava de mais um voto. Sem confiança, preferiram adiar a\n votação para aguardar Airton Saraiva (DEM), que não foi a sessão desta\n terça-feira (16). \n \n Para fazer a manobra os vereadores utilizaram o regimento da\n Câmara. Flávio César (PTdoB) aproveitou-se do debate sobre a PEC 37, feito\n entre delegados e vereadores, para começar a manobra. Ele disse que o debate já\n tinha sido muito intenso e solicitou a suspensão da palavra livre. Todos\n concordaram. Após isso, o presidente da Câmara anunciou que a sessão teria que\n ser encerrada porque ninguém pediu prorrogação na hora prevista (os vereadores\n têm até 11h45 para pedir prorrogação). \n \n A atitude do presidente de encerrar sem a votação provocou revolta\n de alguns guardas presentes, que chegaram a vaiá-lo. Porém, Mário César, Alceu\n Bueno (PSL) e vereadores favoráveis ao projeto disseram aos guardas que se\n tratava de uma maracutaia para evitar a derrota. Se o projeto não conseguir\n 20 votos, tem que ser arquivado e reapresentado somente no ano que vem. Foi\n uma estratégia nossa. Retiramos para colocar outro dia, explicou Alceu aos\n guardas. \n \n Questionamentos \n \n O líder do prefeito, Alex do PT, disse que anbsp;prefeitura não é\n contra o armamento, mas defende um projeto que recupere a dignidade dos\n guardas. Ele lembrou que nos últimos oito anos os guardas não tiveram boas\n condições de trabalho e é preciso pensar em investir em estrutura, que inclui\n sede, melhores salários, uniformes e até viaturas. \n \n Alex entende que é preciso um debate aprofundado e não se pode\n discutir sem critério, já que os guardas precisarão de curso para poder receber\n o armamento.nbsp;O vereador ainda disse que o projeto é inconstitucional e\n está exorbitando o poder. Querem subverter a lógica. A competência é do Poder\n Executivo, avaliou, ressaltando que é preciso definir o tipo e até o valor a\n ser gasto para compra de arma. \n \n O vereador Alceu Bueno, um dos autores da proposta, negou que ela\n trará novas despesas para a prefeitura. Ele afirma que há verba de R$ 1,4\n milhão para investir em armamento e compra de viaturas.\n \n \n