Veja/PCS
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A Samsung está sendo processada nos Estados Unidos por consumidores que alegam que suas máquinas de lavar da marca explodiram durante o uso. A ação coletiva foi aberta no mês passado em uma corte federal no estado de Nova Jersey.
No processo, há relatos como o de uma proprietária do Texas que diz que a lavadora explodiu com tanta força que chegou a danificar a parede de sua garagem. Outra mulher, moradora do estado da Georgia, compara o som da explosão ao de uma bomba sendo detonada. Há também relatos de ocorrências em outros estados.
O caso veio à tona após um alerta da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC, na sigla em inglês), um órgão do governo americano. A entidade recomendou que os proprietários de modelos fabricados entre 2011 e 2016 usassem apenas o modo de lavagem “delicado” ao certos itens, para que a baixa rotação não trouxesse nenhum risco. Há a suspeita de que o problema possa ser causado durante a centrifugação.
A companhia, por meio de comunicado em seu site, admitiu que o problema existe e disse que está trabalhando junto ao CPSC para resolver a questão. “Em casos raros, as unidades afetadas podem sofrer vibrações anormais que poderiam causar risco de danos pessoais ou à propriedade quando lavando roupas de cama, itens volumosos ou impermeáveis”, diz a nota. A empresa sul-coreana disponibilizou também nesta terça uma página onde os proprietários podem consultar, através do número de série, se o equipamento está entre os afetados.
Celulares
No começo deste mês, a Samsung suspendeu as vendas de seu smartphone Galaxy Note 7 após relatos de explosão do aparelho eletrônico. A decisão foi tomada após a denúncia feita por vários usuários de que os celulares estavam queimando ou até explodindo durante a carga de energia. A companhia também começou um processo de substituição dos aparelhos que já haviam sido vendidos.
O recall em massa, um caso sem precedentes desde que a Samsung começou a comercializar smartphones, em 2010, pode representar um duro golpe na empresa sul-coreana, que recentemente tinha recuperado força no mercado depois de perder espaço nos últimos anos para a americana Apple.