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Mundo
09/02/2017 15:30:00
De dentro da Casa Branca, assessora de Trump defende marca de Ivanka Trump na TV

G1/LD

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Uma das principais assessoras do presidente americano Donald Trump, Kellyanne Conway, apoiou nesta quinta-feira (9) durante uma entrevista à televisão o consumo de roupas da marca de Ivanka Trump, a filha mais velha do presidente. A marca de Ivanka deixou de ser vendida em uma rede de lojas, o que foi criticado pelo presidente nesta quarta.

Kellyanne Conway, conselheira do presidente, defendeu os comentários de Trump contra a Nordstorm, rede que deixou de vender roupa da marca Ivanka Trump. "Saiam e comprem coisas de Ivanka. Eu vou sair e comprar algo".

"É um linha de roupa maravilhosa. Eu tenho algumas peças. Vou fazer publicidade gratuita. Saiam e comprem (roupas de Ivanka)", acrescentou Conway em uma entrevista ao canal "Fox News" emitida desde a sala de imprensa da Casa Branca, Donald McGahn.

Conway, cujo salário está a cargo dos contribuintes americanos, disse que Ivanka é uma "bem-sucedida empresária" e uma "uma defensora do empoderamento da mulher e da presença da mulher no trabalho".

Pedido de investigação

O grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington (CREW, na sigla em inglês), dedicado a vigiar e responsabilizar funcionários públicos por suas ações, afirmou que registrou uma queixa contra Conway e pedindo uma investigação junto ao Gabinete de Ética Governamental e ao Escritório do Conselheiro da Casa Branca.

"Kellyanne Conway acaba de usar a Casa Branca para promover as roupas da Ivanka. Isso não é legal. Então registramos uma queixa", afirmou o grupo pelo Twitter. No texto enviado aos dois escritórios, o grupo pede que "investiguem essa aparente violação da lei federal , das regulações éticas, e outros padrões de conduta, e tomem qualquer ação disciplinar necessária".

Chris Liu, ex-vice-secretário de Trabalho com o ex-presidente Barack Obama, afirmou nesta quinta que Conway violou a lei federal que regula o comportamento de funcionários públicos com seus comentários.

Em mensagem no Twitter, Liu especificou que as normas proíbem que todo funcionário faça uso de um escritório e cargo público para apoiar um produto, empresa ou serviço, tanto se for para benefício privado como para o de um amigo ou familiar.

'Ataque direto'

Nesta quarta, o presidente americano utilizou o Twitter da presidência para criticar a Nordstorm por tratar "injustamente" sua filha ao retirar sua marca de roupa, medida que a empresa justifica pelas decepcionantes vendas da linha Ivanka Trump.

"No ano passado, particularmente na última metade de 2016, as vendas da marca caíram constantemente até chegar num ponto que não fazia sentido dar continuidade às vendas dessa linha de roupa", explicou hoje a Nordstorm em comunicado.

No mesmo dia o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que a decisão da Nordstorm é um "ataque direto" contra o nome de Ivanka, que se manteve afastada da polêmica ao não fazer comentários públicos.

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