\n \n Passagens para um cruzeiro previsto para abril no\n navio Costa Concórdia ainda eram vendidas no site da companhia no domingo\n passado, dois dias depois do naufrágio, informou neste sábado Simon Calder,\n especialista em transportes do jornal The Independent falando à BBC.\n \n \n O jornalista visitou o site da companhia no domingo\n seguinte ao acidente - ocorrido na noite de sexta para sábado, em busca de\n informações sobre os passageiros que haviam comprado um cruzeiro no barco\n naufragado. Não encontrou informações sobre uma eventual devolução ou mudança,\n mas ficou impressionado ao ver uma promoção mostrando as maravilhas de uma\n viagem no Costa Concórdia em abril.\n \n "Eu disse: vamos verificar isso, porque era\n óbvio que não podiam continuar vendendo passagens", contou à BBC.\n "Eles me venderam a passagem, pegaram meu dinheiro e, na segunda-feira,\n enviaram uma confirmação com o mapa do percurso e, inclusive, o número da\n cabine no barco", acrescentou.\n \n "É incrível que uma companhia possa fazer\n isso, levando em conta que o barco estava totalmente danificado", afirmou\n ainda. A companhia Costa Cruises não pôde ser contatada pela AFP para\n comentar a notícia.\n \n Naufrágio do Costa Concordia\n \n O cruzeiro Costa Concordia naufragou na última\n sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da\n ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a\n bordo. Até a tarde de terça-feira, dia 17, 11 mortes haviam sido\n confirmadas. Ainda há desaparecidos,\n e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty\n informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum\n deles está entre as pessoas não encontradas.\n \n O navio, que tem 290 metros de\n comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando\n houve a colisão, imediatamente começando a adernar. Houve pânico e reclamações\n de despreparo da\n tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino,\n foi acusado de\n ter abandonado o navio. Ele disse que\n estava no comando, mas um áudio\n divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda\n Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.\n \n \n \n