Globo Esporte/LD
ImprimirPresidente da Bolívia, Evo Morales afirmou não saber que a LaMia era uma empresa com matrícula no país. Em coletiva de imprensa, o governante admitiu que Gustavo Vargas, representante da companhia aérea, havia sido piloto do grupo aéreo da presidência. Morales pediu punição após o acidente com o avião que matou 71 pessoas, incluindo 19 jogadores da Chapecoense, e garantiu que o governo tomará medidas drásticas.
- Da empresa LaMia, não sabia que tinha autorização, não sabia que era uma empresa com matrícula boliviana. Vamos tomar medidas drásticas - garantiu o presidente
Gustavo Steven Vargas Villegas, diretor de Registro Aeronáutico Nacional da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC), seria filho de Gustavo Vargas, diretor geral da LaMia e ex-piloto do grupo aéreo da presidência. Morales afirmou que é preciso fazer uma investigação a fundo sobre os envolvidos.
- É preciso investigar como se legaliza, como se constitui a empresa e as certificações correspondentes - afirmou o presidente.
Em relação a Gustavo Vargas, lembrou que era piloto de suas antigas aeronaves
- Agora nos informamos que é o representante legal (da empresa), que seu filho está trabalhando (na DGAC). Que se investigue esse tema, não porque é meu piloto que se pode ter essas facilidades. Eu não entendo isso.
O presidente lamentou as 71 mortes no acidente com a delegação da Chapecoense. E lembrou que os pilotos eram do Colégio Militar de Aviação da Bolívia.
- Lamentamos muito e damos nossas condolências às famílias das vítimas. O pior e o que dói muito é que os pilotos do avião eram do Colégio Militar de Aviação.