\n \n O jornalista mexicano que tinha sido sequestrado na tarde de\n quinta-feira apareceu morto nesta sexta-feira em uma estrada do estado de\n Sonora, no noroeste do México, com sinais de tortura e uma mensagem de um\n cartel do narcotráfico, informou a procuradoria estadual. \n \n "Foi encontrado morto o repórter Marco Antonio Ávila, com\n sinais de tortura e com uma mensagem do narcotráfico", afirmou por\n telefone o porta-voz da promotoria de Sonora, José Larrinaga.\n \n Ávila, que cobria notícias policiais no jornal local El Regional\n de Sonora, de Ciudad Obregón (cerca de 1,7 mil km ao noroeste de Cidade do\n México), tinha sido sequestrado na quinta-feira por três homens encapuzados e\n armados quando estava limpando seu veículo em um estabelecimento de lavagem de\n automóveis. \n \n "Estava em um lava rápido em Ciudad Obregón quando três\n pessoas desconhecidas encapuzadas e com armas de fogo o agarraram, colocaram-no\n em uma camionete e o levaram", explicou Larrinaga.\n \n O México é considerado um dos países mais perigosos no mundo para\n o exercício de jornalismo. Com a morte de Ávlia somam 81 os jornalistas\n assassinados no país desde 2000, seis deles no último mês, de acordo com dados\n da estatal Comissão Nacional de Direitos Humanos. \n \n Além disso, outros 14 estão desaparecidos, segundo a mesma fonte.\n O escritório no México da organização de defesa da liberdade de expressão\n Artigo 19, com sede em Londres, condenou o assassinato do jornalista.\n \n Sonora, na fronteira com os Estados Unidos, é um dos distritos\n onde atuam cartéis de drogas. A violência ligada ao crime organizado deixou no\n México mais de 50 mil mortos desde dezembro de 2006, a maior parte por brigas\n entre os narcotraficantes em operações militares.\n \n \n \n \n