NM/PCS
ImprimirDiversos líderes mundiais comemoraram o acordo de paz entre Israel e o Hamas, anunciado nesta quarta-feira (8) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O plano, que encerra dois anos de conflito na Faixa de Gaza, prevê a libertação de reféns e a retirada parcial das tropas israelenses.
Trump confirmou que as partes aceitaram a primeira fase de seu plano de paz, que inclui a libertação de 20 reféns ainda vivos em troca de prisioneiros palestinos e a retirada das forças de Israel para uma área previamente acordada.
“Todos os reféns serão libertados muito em breve e Israel recuará suas tropas como primeiro passo rumo a uma paz duradoura e permanente”, declarou Trump em sua rede social, a Truth Social.
O anúncio foi recebido com entusiasmo em diversas capitais. O presidente da Argentina, Javier Milei, chamou o acordo de “histórico” e afirmou que pretende indicar Trump ao Prêmio Nobel da Paz, dizendo que “qualquer outro líder com conquistas semelhantes já teria recebido esse reconhecimento há muito tempo”.
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, elogiou a “liderança essencial” de Trump e expressou alívio pela libertação dos reféns: “A paz finalmente parece possível. Instamos todas as partes a implementarem o acordo com rapidez”.
O governo do Japão também celebrou o entendimento. O porta-voz Yoshimasa Hayashi chamou o plano de “um passo importante para acalmar a situação” e agradeceu aos Estados Unidos, Egito e Catar pelos esforços de mediação.
Na Austrália, o primeiro-ministro Anthony Albanese e a ministra das Relações Exteriores Penny Wong classificaram o anúncio como “um passo necessário para a paz” e defenderam a criação de dois Estados, destacando que o plano exclui o Hamas da futura administração de Gaza.
O ex-presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou que o acordo “abre caminho para a estabilidade em uma região marcada pela guerra e pelo terrorismo”. Já a Confederação de Comunidades Judaicas da Colômbia e a B’nai B’rith do Uruguai disseram que o pacto é “essencial para a convivência e para uma paz justa e duradoura”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu o entendimento como “um avanço desesperadamente necessário” e pediu sua implementação integral. Segundo ele, o acordo representa “uma oportunidade de reconhecer o direito à autodeterminação do povo palestino e avançar rumo à solução de dois Estados”.
Em comunicado, o Hamas confirmou a aceitação do acordo, dizendo que ele garante “o fim da guerra, a retirada das forças israelenses e a entrada de ajuda humanitária”, e exigiu que Israel cumpra os termos “sem atrasos”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o pacto como “uma conquista histórica” e agradeceu a Trump pela “liderança firme e esforços diplomáticos globais”. “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”, disse.
Segundo fontes oficiais, a libertação dos reféns deve começar na segunda-feira (13), após a aprovação do acordo pelo governo israelense. A retirada militar cobrirá cerca de 70% da Faixa de Gaza.
“Isso é mais do que Gaza — é o início da paz no Oriente Médio”, declarou Trump à Fox News, acrescentando que os Estados Unidos e países vizinhos ajudarão na reconstrução do território. “As nações da região participarão, pois têm grande riqueza. Nós garantiremos que Gaza seja estável e pacífica”, afirmou.
Em Tel Aviv, familiares dos reféns celebraram o anúncio na chamada Praça dos Reféns, com lágrimas, abraços e cartazes pedindo um “Nobel para Trump”. “Quero sentir o cheiro do meu filho novamente”, disse emocionada Einav Zangauker, mãe de um dos reféns.
Em Gaza, o cessar-fogo foi recebido com alívio e esperança. “Queremos voltar, mesmo que não haja mais casas”, afirmou Alaa Abd Rabbo, deslocado do norte do território.
O acordo mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia é considerado o passo mais significativo rumo ao fim da guerra desde o início do conflito, em outubro de 2023.