CNN/PCS
ImprimirO líder venezuelano Nicolás Maduro condenou, nesta quarta-feira (20), a mobilização militar dos EUA no Caribe como uma "ameaça à paz regional" e uma violação do direito internacional.
Falando na cúpula ALBA-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos), Maduro acusou os EUA de usar operações antidrogas como pretexto para intervenção e de vincular falsamente a Venezuela ao terrorismo.
A cúpula, com a presença de líderes regionais, emitiu uma declaração conjunta rejeitando a presença militar dos EUA e pedindo respeito à soberania.
"Rejeitamos categoricamente as ordens do governo dos Estados Unidos para o envio de forças militares sob falsos pretextos, com a clara intenção de impor políticas ilegais e intervencionistas, contrárias à ordem constitucional dos Estados da América Latina e do Caribe", diz a carta.
"Denunciamos ao mundo que o envio de tropas americanas às águas caribenhas, disfarçado de operações antidrogas, representa uma ameaça à paz e à estabilidade da região e constitui uma flagrante violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas", acrescenta o comunicado.
O chefe de Estado exigiu o fim imediato das ameaças militares.
Nesta quarta-feira (20), fontes revelaram que os EUA haviam enviado navios de guerra — incluindo o USS San Antonio, o USS Iwo Jima e o USS Fort Lauderdale — com 4.500 militares, para a Costa da Venezuela.
A missão tem como alvo o que os EUA chamam de "organizações narcoterroristas", parte da iniciativa mais ampla do presidente americano Donald Trump contra cartéis de drogas e para proteger a fronteira sul.