Agência Lusa
ImprimirA missão do Conselho de Segurança da ONU que chegou ontem (23) ao Haiti para uma visita de três dias, cobrou dos políticos do país que trabalhem em conjunto e “sem demora” para garantir a realização “urgente” de eleições.
Acompanhado pelo presidente do Haiti, Michel Martelly, o presidente do Conselho de Segurança da ONU, o chileno Cristian Barros Melet, defendeu eleições “livres, justas, inclusivas e transparentes”.
O diplomata reafirmou o apoio da organização ao governo de Martelly e à população do Haiti e destacou os esforços das autoridades do país “para reforçar a paz, democracia e estabilidade, e para promover um desenvolvimento sustentável”.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, manifestou o apoio do Conselho de Segurança ao chefe de Estado e destacou os esforços da entidade para encontrar uma solução para a crise política que o país atravessa há vários meses por causa da demora na realização das eleições.
“Nós, no Conselho de Segurança da ONU, queremos dar ao Haiti todo o apoio para garantir eleições em 2015”.
O presidente do Haiti e cerca de 20 dirigentes políticos assinaram, no dia 11 deste mês, um acordo que prevê a realização de eleições antes do fim deste ano.
Um dos pontos do acordo estabelece que as partes signatárias decidiram “recorrer a medidas várias para reestabelecer a confiança nas instituições e realizar eleições legislativas para dois terços do Senado e os deputados, para as coletividades territoriais e as presidenciais antes do fim de 2015”.
O acordo prevê a formação de um novo conselho eleitoral, com nove membros, escolhidos por instituições como as igrejas católica, protestante e a religião popular, vudu; o setor agrícola, as organizações de mulheres e patronais, além de sindicatos, imprensa e universidades. O governo e os partidos políticos não estarão representados no organismo eleitoral.