\n \t Palestinos acusaram Israel\n de quebrar um cessar-fogo estabelecido nesta segunda-feira (4) pelo \n próprio governo israelense ao realizar um ataque sobre um campo de \n refugiados na cidade de Gaza que matou uma menina palestina de 8 anos e \n deixou outras 30 pessoas feridas, segundo a Reuters.\n \n \t Os serviços responsabilizam a aviação israelense de promover o ataque \n contra uma casa do campo de refugiados de Shati. No entanto, a autoria \n do ataque não foi reivindicada.\n \n \t Segundo Ashraf al Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde na faixa, o \n ataque aconteceu minutos depois das 10h (horário local, 4h de Brasília),\n hora na qual Israel disse que tinha suspendido suas atividades \n ofensivas na faixa durante sete horas.\n \n \t O ataque atingiu a casa da família Bakri, onde morreu uma das filhas e \n outras 30 pessoas ficaram feridas, pelo que foram levadas ao hospital \n Shifa.\n \n \t Uma hora depois, também houve um ataque contra uma casa no campo de \n Nusseirat, no coração de Gaza, onde houve um número indeterminado de \n feridos, segundo onbsp; porta-voz.\n \t Na madrugada desta segunda (noite de domingo no Brasil), o exército de \n Israel havia anunciado um cessar-fogo de 7 horas nos ataques na maior \n parte da Faixa de Gaza, com excessão para a região de Rafah, no sul de \n Gaza, onde o exército israelense disse que continuaria operando.\n \n \t O objetivo da trégua, que foi anunciada para ocorrer entre 10h e 17h \n desta segunda (4h às 11h pelo horário de Brasília), seria o de facilitar\n a entrada de ajuda humanitária e deixar que palestinos retornem às suas\n casas.\n \n \t O chefe de operações militares israelenses na Cisjordânia ocupada e em \n Gaza, general Yoav Mordechai, alertou em um comunicado que "se a trégua \n for violada, o Exército responderá com disparos contra a origem dos \n ataques palestinos".\n \n \t O anúncio foi recebido com desconfiança pelo grupo islamita Hamas, que \n controla Gaza, e foi feito após a incomum repreensão dos Estados Unidos \n em decorrência do aparente ataque israelense no domingo a um abrigo \n administrado pela ONU, que matou 10 pessoas.\n \n \t Ataque a escola no domingo
\n \t O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste domingo (3) que o novo ataque a uma escola das Nações Unidas em Gaza é um “ultraje moral e um ato criminoso”, e exigiu que os responsáveis pela “grave violação do direito internacional humanitário” sejam responsabilizados.\n \n \t O exército israelense admitiu ter disparado contra alvos perto da \n escola da ONU em Rafah: "O exército israelense disparou contra três \n terroristas da Jihad Islâmica que estavam em uma moto perto da escola da\n ONU em Rafah. As forças de defesa de Israel examinam as consequências \n (do disparo)", afirma o comunicado.\n \n \t A escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) servia\n de abrigo para mais de 3 mil palestinos que deixaram suas casas durante\n os combates com Israel.\n \n \t Também apelou às partes para que "cessem imediatamente a luta e voltem ao caminho da paz".\n \n \t Chris Gunness, porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados \n Palestinos (UNWRA), afirmou que a escola abrigava milhares de deslocados\n palestinos internos pela operação de Israel na Faixa de Gaza que \n pretende destruir as infraestruturas do Hamas.\n \t "Segundo as primeiras informações, há vários mortos e feridos na escola\n da UNWRA em Rafah após o bombardeio", escreveu Gunness em sua conta do \n Twitter.\n \n \t "Esta loucura deve parar", enfatizou o secretário-geral em um \n comunicado lido por seu porta-voz, no qual pede a Israel e ao Hamas que \n terminem com os combates e negociem um acordo de paz no Cairo.\n \n \t “As forças de defesa de Israel são repetidamente informadas sobre a \n localização destes lugares”, disse, sem atribuir explicitamente a \n responsabilidade do ataque em Rafah a um lado ou outro.\n \n \t "Os refúgios devem ser áreas seguras e não zonas de combate", afirmou.\n \n \t Ban se declarou "muito afetado pelo dramático aumento da violência (em \n Gaza) e com a morte de centenas de civis palestinos". O secretário-geral\n da ONU voltou a pedir a restauração do cessar-fogo e a retomada das \n negociações no Cairo "para abordar as questões profundas" que causaram o\n conflito.\n \n \t Esta é a terceira vez em 10 dias que as bombas atingem uma escola da \n ONU, quatro dias depois de um bombardeio do exército israelense contra \n um colégio na cidade de Jabaliya que matou 16 pessoas, a maioria \n crianças, em um ataque condenado pelo secretário-geral das Nações \n Unidas, Ban Ki-moon.\n \n \t A cidade de Rafah, próxima da fronteira com o Egito, é cenário de \n bombardeios desde sexta-feira, quando a morte de três soldados \n israelenses encerrou uma breve trégua que havia sido aceita tanto por \n Israel como pelo movimento islamita palestino Hamas.\n \n \t Os ataques anteriores contra escolas das Nações Unidas provocaram uma onda de indignação internacional.\n \n \t Este é o 27º dia do recente conflito entre Israel e o Hamas, que \n governa a Faixa de Gaza. A ofensiva, destinada a impedir o lançamento de\n foguetes a partir de Gaza e destruir os túneis construídos por \n combatentes palestinos para possibilitar a entrada no território de \n Israel, também provocou a morte de 64 soldados israelenses e de três \n civis.\n \n \t Do lado palestino, a operação matou mais de 1.850 pessoas, em sua maioria civis.