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A parlamentar britânica Jo Cox, do Partido Trabalhista, morreu após ser baleada e apunhalada em um ataque nesta quinta-feira (16) em Birstall, perto de Leeds, na Inglaterra.
Ela tinha 41 anos, era casada e mãe de dois filhos.
Um homem de 52 anos identificado pela imprensa como Thomas Mair foi detido sob a suspeita de praticar o ataque. A polícia investiga relatos de que ele teria gritado "Britain first!", em referência a um partido de extrema-direita.
O dono de um salão de beleza em frente ao local do incidente disse ao diário "The Guardian" que viu o suspeito primeiro apunhalá-la, depois disparar contra a parlamentar quando um homem que saiu de uma lavanderia tentou impedir o crime.
Jo Cox foi eleita para o Parlamento para representar Batley e Spen, em Yorkshire, em maio de 2015. Antes de ser eleita, ela trabalhou para a organização internacional Oxfam, uma ONG que presta ajuda humanitária.
Thomas Mair foi descrito como uma pessoa tranquila pelos seus vizinhos, segundo "The Telegraph". Ele mora sozinho desde que sua avó, com quem vivia, morreu. O suspeito aparece numa reportagem de 2010 de um jornal local como participante de um programa voltado a pessoas com problemas de saúde mental pelo qual passou a trabalhar voluntariamente num parque.
Brexit
Em sua página no Twitter, Jo Cox defendia a permanência do Reino Unido na União Europeia. “A imigração é uma preocupação legítima, mas não é uma boa razão para deixar a União Europeia”, afirmou.
No próximo dia 23, os britânicos devem ir às urnas em um referendo para dizer se querem ou não permanecer na União Europeia. Motivo de divergência entre lideranças políticas na região, a questão também tem dividido a população, como mostram pesquisas de intenção de votos antes do referendo. De um lado estão os pró-saída, que acham que o Reino Unido perde soberania estando sumetido às regras do bloco, com poucas compensações. De outro, os que acreditam que a aliança com os países vizinhos torna a região mais poderosa.
Campanha suspensa
Após a morte da parlamentar, as campanhas a favor e contra a saída do Reino Unido da União Europeia foram suspensas. O primeiro-ministro David Cameron classificou o ocorrido como uma "tragédia". "Ela era uma parlamentar comprometida e afetuosa. Meus pensamentos estão com seu marido, Brendan, e suas duas crianças", escreveu no Twitter.
