Milhares\n de pessoas passaram hoje (11) ao lado do caixão do ex-presidente \n sul-africano Nelson Mandela, pela primeira vez exposto ao público desde \n sua morte na quinta-feira (5). \n O trajeto percorrido foi longo. A maioria teve de enfrentar mais \n de seis horas de fila para poder passar, em menos de cinco segundos ao \n lado do caixão. Apesar do sol forte, que se opôs à chuva incansável de \n ontem (10) durante o tributo no Estádio Soccer City, o dia estava bonito\n e o cansaço não encobria o entusiasmo de cada um. \n "A espera vale a pena porque vamos dar nosso último adeus a \n Tata", disseram vários sul-africanos à Agência Brasil, carregando \n consigo adereços com a imagem de Mandela e chamando o ex-presidente por \n um de seus apelidos carinhosos. A despedida foi no belo Union Buildings,\n o palácio do governo da África do Sul. \n A fila, que dobrou quarteirões, foi formada para, primeiramente, \n as pessoas entrarem nos ônibus que as levaria até o alto do terreno do \n Union Buildings, de onde se tem uma bela vista de Pretória. No local, \n outra fila para chegar até o caixão, que fechado, tornava difícil a \n visão do corpo de Mandela, apesar da superfície superior ser de vidro. \n Fotografias eram proibidas. \n Para registrar o momento, sul-africanos e alguns turistas \n aproveitaram para tirar fotos nos jardins do Union Buildings, \n normalmente fechados à população. Além da bela vista, um pequeno local \n serviu para os filhos de Mandela, como alguns se autodenominam, \n depositarem flores, fotos e outros objetos para marcar sua presença na \n despedida do primeiro presidente negro da África do Sul e ganhador do \n Prêmio Nobel da Paz de 1993. \n O velório, cujo término estava previsto para as 17h, teve de ser \n estendido. Uma forte chuva caiu para fechar o primeiro de três dias do \n funeral de Estado no palácio. O corpo de Mandela será sepultado domingo \n (15), em Qunu, cidade onde ele nasceu, a quase 1 mil quilômetros de \n Pretória. Nos próximos dois dias, mais filas virão cumprir o objetivo de\n dar o último adeus a Tata Mandela.