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ImprimirOs técnicos de França e Alemanha, Didier Deschamps e Joachim Low, souberam dos atentados nos arredores do Stade de France no intervalo do amistoso disputado entre as duas seleções, na última sexta-feira, mas decidiram não contar o ocorrido aos jogadores, que voltaram normalmente para o segundo tempo, de acordo com o jornal norte-americano The New York Times.
Durante a etapa inicial da partida, três bombas explodiram nas proximidades do estádio. Duas delas puderam ser ouvidas na transmissão do jogo. O presidente da França, François Hollande, que estava presente no Stade de France para acompanhar o amistoso, deixou o local ao tomar conhecimento dos atentados, que mataram cerca de 130 pessoas.
Segundo o depoimento de um dirigente francês de alto escalão ao The New York Times, Deschamps cogitou seriamente em dar a notícia aos jogadores franceses, mas resolveu omitir a informação por não ter ideia completa dos acontecimentos. Após o intervalo, a partida prosseguiu sem qualquer tipo de interrupção, uma vez que os atletas não tinham conhecimento do que havia ocorrido do lado de fora do estádio. A organização do amistoso sequer levou adiante a possibilidade de cancelar o jogo, evitando gerar pânico nos jogadores e nos 80 mil torcedores que compareceram aos Stade de France.
Franceses e alemães só souberam dos atentados ao final da partida, assim como os torcedores, que deixaram as arquibancadas e ocuparam o gramado para aguardar a liberação da saída do estádio em segurança. Os jogadores da Alemanha passaram a noite nas dependências do Stade de France, uma vez que havia suspeita de bomba no hotel em que estavam hospedados. Os franceses também dormiram no local, em solidariedade aos alemães.