Desencadeada na noite desta quinta-feira (15), a operação “Eirene” fechou diversos bares em Coxim. Para tanto, foi montada uma força tarefa da Polícia Civil, prefeitura e Polícia Militar, que contou com equipes do GTRAN (Grupamento de Trânsito) e ROTAI (Rondas Ostensivas e Táticas do Interior). Os dois principais bares da avenida Presidente Vargas, Juvenal e Schimanski, foram interditados por serem considerados irregulares, ou seja, não apresentaram documentação para o funcionamento. Outros bares também foram fechados por falta de algum documento, ou por estarem descumprindo o horário de funcionamento, que na maioria dos casos vai até as 22 horas, tanto na avenida citada quanto na Virgínia Ferreira. Para a delegada titular do 1º Distrito Policial, Silvia Elaine Girardi dos Santos, a operação se faz necessária para que os proprietários regularizem as situações de seus estabelecimentos, pois os que foram interditados já haviam sido notificados. Os policiais também efetuaram revistas pessoais no intuito de combater a violência, que nos últimos dias tem motivado crimes graves, como a morte do trabalhador rural Jhonatan Batista de Souza, de 22 anos, que foi baleado na cabeça depois de deixar um dos bares da Presidente Vargas no último final de semana. Jovem baleado em avenida de Coxim tem morte cerebral confirmada pela família Vídeo mostra jovem sendo alvejado por tiros em avenida de Coxim Jovem é alvejado com dois tiros na cabeça na avenida Otacílio Severo dos Santos, em Coxim A prostituição é outro alvo da operação. Tanto que o bar do Alceu, as margens da BR-163, foi interditado por suspeita de rufianismo. No local foram encontradas quatro mulheres que estariam se prostituindo. Todas foram levadas para a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) para serem ouvidas. A delegada responsável pela DAM, Sandra Regina Simão de Brito, também participa da operação e informou que já existe um inquérito que investiga o caso. O rufianismo está previsto no Código Penal e consiste em tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça. Eirene A operação foi batizada de Eirene, a deusa da paz na mitologia grega. Também conhecida por Irina, é uma das Horas (Hôrai, em grego antigo, significava, estação), divindades que se caracterizavam por personificar alguns períodos de tempo. A paz era, então, considerada, entre os gregos, como algo passageiro, temporário. Segundo a Teogonia do mitógrafo Hesíodo, era filha de Zeus com sua segunda esposa Themis, irmã de Eunomia, a Ordem ou Disciplina, e Diké ou Dice, a Justiça. O trio de irmãs formava uma trindade de divindades que, na Grécia, personificavam o ano e as estações, protetoras das plantas jovens e da infância e da juventude. Juntas, garantiam a boa ordem da natureza e das coisas humanas. *Com Angela Bezerra e PC de Souza.