\n \n A\n vida dos estudantes Breno e Leonardo, de acordo com o bandido que os executou\n na noite da última quinta (30), valeria três quilos de cocaína, caso o veículo\n Pajero em que eles estavam tivesse atravessado a fronteira com a Bolívia. Seria\n esta a recompensa dos homens que disseram estar “entrando no mundo do crime”. \n \n Há\n três meses, de acordo com o mentor da quadrilha, Rafael Costa da Silva e\n Weverton Gonçalves Feitosa, ambos de 22 anos, eles conheceram uma pessoa, que\n mantinham contato apenas por telefone. Ele se identificava como “tia” e,\n comonbsp;Rafael e Wevertonsnbsp;iniciavam a vida como traficantes, a pessoa\n encomendou a eles caminhonetes para serem trocadas por drogas na fronteira. \n \n Bandidos\n iniciaram no “mundo do crime” matando um piloto, com a intenção de roubar sua\n Hillux \n \n A\n primeira tentativa seria a Hillux do piloto da Tam, morto no mês de agosto\n deste ano. Logo após perceber que seria abordado pelos bandidos, Marco Antônio\n Leão Ramosnbsp;emitiu luz alta, como um sinal para a polícia. A vítima,\n infelizmente foi morta ainda dentro do carro e eles fugiram, sem levar\n nada.nbsp; \n \n Outro homicídio seria em Barra do\n Garças (MT), apesar dos bandidos negarem qualquer envolvimento. Já em Campo\n Grande, dois dos integrantes da quadrilha, que conviviam normalmente em\n sociedade e inclusive realizavam curso técnico de radiologia há um ano e meio,\n estavam à procura da encomenda da “tia”. \n \n Bando\n percorreu show de Michel Teló para encontrar possíveis vítimas \n \n No\n aniversário da cidade, no dia 26 de agosto, inclusive quando ocorria o show de\n Michel Teló no parque das Nações Indígenas, o bando ainda procurou diversas\n vítimas, mas não realizou nenhuma abordagem. A partir daí, eles ainda\n identificaram uma mulher que estacionava uma F-250 todos os dias na Via Park,\n mas somente não a abordaram porque não “acharam o momento certo”. \n \n Então,\n nos próximos dias, quando passavam ao redor de uma universidade na avenida\n Ceará, identificaram duas caminhonetes que poderiam ser roubadas, aguardando\n quem sairia primeiro e assim iniciariam o crime que culminou na morte dos\n estudantes. \n \n Segundo\n a Polícia Civil, logo que Breno acionou o alarme e entraria no carro, ainda com\n as portas abertas, os bandidos entraram no carro. Breno foi ao banco da frente\n com Weverson, que conduziu o carro até a saída para Rochedo e o estudante\n Leonardo foi atrás com Rafael, que mantinha em punho um revólver de calibre 38.\n \n \n Dando\n cobertura a dupla, em um veículo Uno Mille azul, de placa HRI 4006, estava à\n esposa de Rafael, Daiane e o adolescente de 17 anos. Eles ainda mantinham\n contato com um quinto elemento, que seria Raul, que prometeu mandar dinheiro a\n eles quando precisassem. \n \n Vítimas\n não esboçaram reação em momento algum e imploraram pela vida diversas vezes \n \n No\n caminho, segundo os próprios autores do crime, as vítimas não esboçaram\n qualquer reação e Leonardo pedia a todo o momento para levarem o carro, pedindo\n apenas para não ser morto. Por implorar pela vida, Leonardo levou uma coronhada\n com o revólver. \n \n Os\n bandidos então pararam no macroanel. Eles disseram que foi durante o trajeto\n que decidiram executar os estudantes, já que não tinham cordas para amarrá-los\n e estavam com o rosto aparente. Ao parar a Pajero, Breno começou a receber\n chutes nas genitálias e ao baixar, levou um tiro na cabeça. Ele foi o primeiro\n a ser morto. \n \n Da\n mesma maneira, de acordo com os bandidos, Leonardo foi morto. Ele também foi\n agredido e logo em seguida recebeu um tiro na cabeça. “As agressões foram\n coisas do momento, agora me arrependo muito. Eles eram muito jovens para serem\n mortos. Acho que foi mesmo a ganância por dinheiro”, disse Weverton. \n \n Todos\n os envolvidos vão responder pelos crimes de latrocínio, formação de quadrilha,\n corrupção de menores, roubo qualificado e ocultação de cadáver. “Vamos tentar\n dificultar o máximo possível a vida desses bandidos e enquadrá-los na maior\n quantidade de crimes, para que eles passem muito tempo na cadeia”, diz a\n delegada Maria de Lourdes, responsável pelas investigações. \n \n \n \n \n