\n \n A\n delegada Ana Luiza Nogueira confirmou ao G1, na manhã\n desta sexta-feira (6), que pelo menos um policial civil envolvido no caso\n Roberta Dias, que desapareceu grávida há mais de um ano em Penedo, já está\n preso.\n \n A\n jovem estava grávida de três meses quando sumiu, no dia 11 de abril do ano\n passado, depois de sair de casa para ir ao médico, no centro da cidade.\n \n Além\n do policial, outros suspeitos foram detidos em uma operação realizada naquele\n município nesta manhã. De acordo com o delegado Cícero Lima, que acompanhou as\n investigações, a mãe do adolescente que seria o pai do bebê que Roberta\n esperava, e não teve o nome revelado, pagou R$ 30 mil para a execução do crime.\n A polícia tem um mandado de prisão contra ela, que já é considerada foragida.\n \n O\n delegado disse que as investigações da polícia apontam os policiais civis\n Gledson Oliveira e Idalino, que trabalharam em Penedo e atualmente estavam e\n Coruripe e Arapiraca, respectivamente, de terem participado da execução da\n jovem. Também foi preso um homem conhecido como “Dido Som” e, há alguns dias,\n outro conhecido por “Neguinho do Pedro Melo”. Segundo o delegado, o "Dido\n Som" seria dono do carro que levou Roberta no dia em que ela desapareceu.\n \n Lima\n contou que uma testemunha do caso, identificada apenas por Sérgio Bento, teria\n visto Roberta entrar no veículo. O homem foi assassinado alguns meses após o\n crime. Dessa morte, o delegado disse que são suspeitos o policial Oliveira e\n uma pessoa identificada como Bira.\n \n Em\n uma entrevista a uma emissora de rádio de Maceió, o secretário de Estado da\n Defesa Social, Dário César, lamentou o envolvimento de policiais no caso.\n "Foi um crime bastante fútil, matar uma pessoa de 18 anos só porque ela\n estava grávida. O crime chocou toda a população e eu fico bastante consternado\n e triste com o envolvimento de policiais no crime. Dói cortar a própria carne\n prender esses policiais, mas é pelo bem de Alagoas", afirmou Dário César.\n \n Entenda o caso
\n Roberta, na época com 18 anos, foi vista pela última vez em um ponto de ônibus\n depois de deixar uma unidade de saúde. Alguns dias antes de sumir, ela havia\n revelado aos pais que estava grávida. Após o seu desaparecimento, um\n adolescente de 17 anos foi investigado pela polícia porque testemunhas contaram\n que ele seria o pai do bebê que a estudante esperava. Ele e a família teriam\n pressionado Roberta para que fizesse um aborto, mas, segundo a polícia, o\n adolescente disse em depoimento que mudou de ideia e que assumiria o filho após\n exame de DNA.\n \n Deic assume investigações
\n Desde que Roberta desapareceu, a família divulga fotos com apelos nas redes\n sociais para descobrir seu paradeiro. Até uma recompensa foi oferecida para\n quem pudesse dar alguma pista. A mãe da jovem contou que chegou a fazer dois\n exames de DNA para serem comparados ao material genético de corpos que tinham\n características semelhantes à Roberta.\n \n A\n polícia apreendeu os computadores usados pela estudante e pelo namorado dela,\n além de pedir a quebra do sigilo telefônico da jovem. O delegado Rubens\n Natário, titular de Penedo, ficou responsável pelo caso até março deste ano,\n quando foi encaminhado para a Deic, que também estava responsável pela análise\n do material.\n \n O\n delegado disse, na época, que o caso foi encaminhado para a Deic por causa da\n falta de estrutura da delegacia distrital. Segundo ele, as investigações não\n apontaram pistas para o desaparecimento. Por isso, a análise do computador e\n das ligações telefônicas seriam importantes, mas a estrutura da delegacia não\n iria permitir que o caso tivesse a atenção necessária.\n \n \n \n \n