Polícia
05/03/2013 10:15:21
Delegado que chefiou caso: "Bruno tem medo de entregar o Bola"
"Para isso, entregando o Bola. Ele tem medo de entregar o Bola porque o Bola vai ter que contar onde está o corpo e aí acabou"
Terra/AB
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\n \n O delegado que chefiou as investigações sobre o desaparecimento e\n a morte de Eliza Samudio disse nesta terça-feira que o goleiro Bruno não tem\n outra alternativa a não ser "confessar totalmente" os crimes.\n "Para isso, entregando o Bola. Ele tem medo de entregar o Bola porque o\n Bola vai ter que contar onde está o corpo e aí acabou", afirmou Edson\n Moreira, atualmente vereador pelo PTN em Belo Horizonte,\n antes do início do segundo dia de julgamento do ex-atleta do Flamengo e sua\n ex-mulher, Dayanne do Carmo.\n \n Em frente ao Fórum de Contagem, onde ocorre o júri popular,\n Moreira explicou por que José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, não foi\n indiciado. Segundo Jailson de Oliveira, uma das testemunhas que devem ser\n ouvidas hoje, o policial aposentado teria participado do crime. "Na época,\n não havia elementos suficientes. O nome dele (Zezé) surgiu só no final. Então,\n o Ministério Público entendeu que, devido ao tumulto que se tornou a\n investigação, achou por bem não indiciá-lo naquele momento, mas agora é a época\n correta devido à quebra de sigilo bancário e telefônico que mostrou todo o\n compromentimento dele com o Macarrão e o Bola", explicou o delegado. \n \n Zezé chegou a ser investigado em 2010, mas não foi indiciado.\n Moreira disse que, pelo conhecimento que tem do processo, acredita que o\n policial aposentado participou da morte de Eliza. "Não só participou do\n planejamento, como também na execução e no sumiço do corpo", garantiu.\n \n O caso Bruno\n \n Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído\n do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois\n a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por\n Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador,\n localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com\n quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino\n foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em\n Ribeirão das Neves.\n \n Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de\n ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido,\n jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em\n cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos,\n conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o\n relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. \n \n No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem\n considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão,\n acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio\n Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da\n Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por\n envolvimento no crime. \n \n No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo\n sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e\n executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados\n pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O\n goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. \n \n Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão,\n Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio\n triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de\n cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e\n cárcere privado. \n \n No dia 19 de novembro\n de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e\n Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu\n desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e\n Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane\n Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime,\n foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos\n Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para\n abril de 2013.\n \n \n \n \n
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