O ex-policial militar Cláudio José Andrade dos Santos, 55 anos, é suspeito\n de ser o autor da chacina que resultou em três mortes no dia 18 de novembro\n deste ano no Bairro Santa Luzia. Ele matou os irmãos e um terceiro homem para\n vingar uma briga em bar cinco dias antes do crime.\n \n Conforme o delegado Fábio Peró, da Derf (Delegacia de Roubos e Furtos), o\n ex-policial comandou os assassinatos para vingar uma briga com Edgar José\n Duarte, 38, ocorrida em um boteco da região. Ele contratou um homem de 32 anos\n para ajudá-lo na vingança.\n \n Autor de uma extensa ficha criminal, que inclui tráfico de drogas e\n tentativas de homicídio, Santos confessou a chacina, segundo Peró. Ele contou\n que só não matou Edgar durante a briga porque estava sem uma arma de fogo.
\n O assassinato foi premeditado. Ele contou que contratou um homem para executar\n o crime, mas o companheiro não sabia dirigir e Cláudio foi obrigado a dirigir\n até a casa de Edgar Duarte, no Bairro Santa Luzia.\n \n Ao chegarem ao local, eles acabaram simulando um assalto para ganhar tempo,\n porque o alvo tinha indo dentro da casa buscar mais água para o tereré.\n \n Ao voltar da residência, Edgar foi atingido por um tiro disparado pelo\n ex-policial. O comparsa atirou contra o irmão dele,nbsp;João Carlos Duarte, 26. Maurício Martins da Silva, 31,\n foi tentar defender Edgar e levou um tiro certeiro na cabeça da arma em poder\n de Cláudio.\n \n Em seguida, o ex-policial caminhou até Edgar e o executou com mais dois\n tiros. Os dois fugiram do local do crime, mas imagens do sistema de segurança\n da região revelaram o Palio, com placas do Paraná.\n \n A polícia só chegou ao carro ao chegar, primeiro, também por meio de\n imagens, a um outro veículo, que era de uma testemunha dos assassinatos. Ela\n contou que o Palio tinha participado das execuções.\n \n Para despistar os policiais, Cláudio viajou para São Paulo e revendeu o\n carro ao mesmo comprador. Os policiais ficaram de campana por três dias no\n Jardim Danúbio Azul, onde o ex-policial reside, e o prenderam no dia 12 deste\n mês, após o seu retorno de São Paulo.\n \n Peró contou que ele foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado,\n crime por motivo fútil e por ter dificultado a defesa da vítima. A pena pode\n chegar a 60 anos de reclusão.