\n \n Se\n passando por médico e dando detalhes do quadro de saúde do paciente, um homem\n aplicou golpes em pelo menos três famílias que estavam com parentes internados\n em clínicas diferentes de Campo Grande.\n \n O\n primeiro caso registrado pela Polícia Civil, que investiga o crime de\n estelionato, aconteceu no Hospital Adventista do Pênfigo. No último dia 29 de\n maio, a esposa do paciente que estava internado recebeu ligação do falso\n “médico”, dizendo que atendia o marido dela.\n \n Por\n telefone, o homem disse que o paciente precisaria fazer um exame urgente que o\n plano de saúde não cobria, por isso a família teria que depositar R$ 1,9 mil,\n valor que a esposa da vítima depositou imediatamente.\n \n No\n dia seguinte, o “médico” voltou a ligar e disse que teriam que ser feitos novos\n exames, pois o quadro clínico do paciente havia se agravado. Desta vez, o\n golpista pediu que a família depositasse R$ 4,8 mil em uma conta e mais R$ 4,7\n em outra.\n \n Após\n os depósitos, a filha do paciente conseguiu falar com o médico que realmente\n atendia o pai dela e ele garantiu que não havia feito nenhum pedido de depósito\n e que o paciente estava bem.\n \n Clínica Campo Grande - O segundo caso\n aconteceu na Clínica Campo Grande. Luciana Marçal Ravaglia, 30 anos, conta que\n o pai dela passou por uma cirurgia na semana passada para retirar um tumor e na\n última terça-feira (4) o “médico” ligou para ela dizendo que o paciente estava\n com câncer e precisaria fazer uma ressonância magnética.\n \n O\n “médico”, que usou termos técnicos e sabia detalhes da cirurgia do paciente,\n disse a Luciana que ele também precisaria tomar alguns medicamentos. Tudo\n ficaria em R$ 7,5 mil, que o plano não cobriria. Ele indicou a clínica de uma\n amiga para ela fazer os exames e disse que o paciente teria que tomar os\n remédios imediatamente.\n \n Desconfiada,\n Luciana não fez o depósito que o “médico” pediu. “Liguei para minha tia, que\n trabalha em hospital, para ela falar com o médico, ela ligou no número que ele\n me ligou e também ficou impressionada com o conhecimento da pessoa, que sabia\n até que meu pai tinha tido hemorragia durante a cirurgia”, conta Luciana.\n \n No\n final do dia, o médico verdadeiro ligou para Luciana e disse que havia recebido\n a informação de que um homem estaria se passando por ele e pedindo dinheiro.\n Ele disse à vítima que o golpista ligou para ela e para mais um paciente da\n Clínica Campo Grande.\n \n “Fiquei\n abalada com a notícia do câncer, foi um dia horrível, mas tive sorte, pois no\n mesmo dia consegui pegar o resultado da biópsia e vi que meu pai estava bem,\n que era uma mentira realmente”, desabafa Luciana, que registrou boletim de\n ocorrência na manhã de hoje (7).\n \n Unimed – Outro caso com o mesmo modus operandi\n aconteceu no Hospital Unimed, onde a paciente passou por uma cirurgia de\n hérnia. Na tarde de ontem (6), a filha dela recebeu uma ligação do “médico” que\n havia feito a cirurgia. O discurso de que o quadro havia se agravado e que a\n paciente precisaria passar por exames se repetiu.\n \n Mas\n neste caso, o “médico” pediu R$ 9 mil à família. A filha da paciente disse que\n não tinha esse valor. Pouco depois o golpista disse que conversou com o\n laboratório e conseguiu diminuir o preço para R$ 2,2 mil. A vítima chegou a depositar\n R$ 1,7 em uma conta bancária passada pelo estelionatário e mais R$ 500 por\n transferência on line.\n \n Investigação – Segundo o titular da 1ª Delegacia\n de Polícia Civil, delegado Welligton de Oliveira, o estelionatário se\n aproveitava da vulnerabilidade da vítima para aplicar os golpes, alegando\n quadro clínico grave dos pacientes.\n \n A\n polícia também investiga quem passou o prontuário dos pacientes ao golpista.\n “Como é que o cara tinha todas as informações do paciente e das cirurgias?\n Alguém estava passando”, pontua o delegado.\n \n A\n polícia está com a relação de telefones e contas bancárias usadas pelo golpista\n e investiga o caso.\n \n Quem\n tiver sido vítima do golpe, o delegado pede que entre em contato na 1ª\n Delegacia de Polícia, localizada na rua Padre João Crippa, 1581, no Centro de\n Campo Grande. O telefone da delegacia é o 3312-5700.\n \n \n \n \n