Polícia
09/01/2013 09:00:00
Justiça bloqueia bens de líder da "igreja da maconha", em Americana (SP)
Ele foi preso em agosto sob a acusação de tráfico de drogas. Com a medida, os bens do líder religioso não podem ser vendidos até que o julgamento dele ocorra pela Justiça.
UOL/LD
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\n \n A Justiça de Americana (127 km de São Paulo) decretou o sequestro\n dos bens de Geraldo Antonio Baptista, o Geraldinho Rastafári, 53, líder da\n Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil, a conhecida como\n "igreja da maconha". Ele foi preso em agosto sob a acusação de\n tráfico de drogas. Com a medida, os bens do líder religioso não podem ser\n vendidos até que o julgamento dele ocorra pela Justiça. \n \n A medida inclui o imóvel que é sede da Igreja, no bairro Praia dos\n Namorados, em Americana. Segundo Marlene Martins, mulher de Geraldinho e uma\n das responsáveis pela igreja no período em que ele está preso, a medida não tem\n alterado, no entanto, a rotina de cultos. \n \n "Perdemos nossa liderança, então o movimento cai um pouco.\n Muitos universitários, principalmente, ficaram com receito após a prisão. Mas\n continuamos funcionando normalmente", disse. Procurado, o Ministério\n Público não se pronunciou sobre o caso. \n \n A próxima audiência do caso está marcada para o dia 17 de janeiro,\n segundo informações do Fórum de Americana. Geraldinho foi preso em flagrante,\n em 15 de agosto do ano passado, quando foram encontrados 37 pés de maconha em\n sua casa. \n \n Na ocasião, dois jovens de 18 anos foram presos e um adolescente\n foi apreendido. Ele afirmou que a planta é cultivada para uso religioso, o que\n é permitido pela legislação brasileira, e consumida apenas em ocasiões de\n culto, mas acabou sendo enquadrado por tráfico. \n \n Manifesto\n \n À espera de julgamento, Marlene e os adeptos da "igreja da\n maconha", bem como defensores da causa, têm usado a internet para realizar\n uma campanha a favor da libertação de Geraldinho. \n \n Até a tarde de hoje, mais de 3.200 pessoas já assinaram uma petição\n virtual pedindo a libertação de Geraldinho. Segundo Marlene, o grupo também\n pede o auxílio de entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNJ\n (Conselho Nacional de Justiça). \n \n Segundo os advogados de Geraldinho, ele irá dizer, durante o\n julgamento, que a maconha pode ser usada de forma ritual nos cultos da igreja e\n que, ao não permitir que isso ocorra, a Justiça desrespeitaria o item\n constitucional que garante liberdade religiosa aos brasileiros. \n \n \n \n \n
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