\n \n A\n Polícia Civil do Rio Grande do Norte confirmou, na manhã desta quarta-feira\n (23), que vai indiciar por homicídio o empresário paulista Alexandre Furtado\n Paes, marido da fisioculturista Fabiana Caggiano Paes, de 36 anos, morta em\n Natal no dia 2 deste mês. A atleta foi vítima de assassinato, segundo o\n delegado Frank Albuquerque. “As suspeitas foram confirmadas. Exames\n toxicológicos deram negativos. No entanto, os laudos complementares realmente\n apontam que Fabiana foi vítima de asfixia mecânica (estrangulamento). Vou\n indiciar o marido dela por homicídio”, confirmou o delegado, acrescentando que\n Alexandre deverá responder pelo crime em liberdade.\n \n “Ela\n teve 20 paradas cardíacas. Os médicos do Samu tentaram reanimá-la e não\n conseguiram. Como isso pode ter ligação com um sufocamento? Esse laudo está\n errado. Eu vou pedir outro em São Paulo. Irei acompanhar isso com o suporte de\n um advogado. Estou muito abalado. Gostaria de falar mais sobre isso, mas o meu\n coração pede que não. Queremos esquecer que isso tudo aconteceu”. As palavras\n foram ditas por Alexandre, com exclusividade, logo após a divulgação do laudo\n preliminar. Nesta quarta, o G1 tentou novo contato\n com o empresário, mas ele não atendeu ou retornou as ligações.\n \n Fabiana,\n o marido e familiares saíram de Osasco, na Grande São Paulo, para passar as\n festividades de fim de ano na capital potiguar. Na manhã de 28 de dezembro,\n segundo consta em depoimento, o empresário acionou o Serviço de Atendimento\n Móvel de Urgência (Samu) alegando que a mulher havia sofrido uma queda\n repentina no banheiro do apartamento do hotel onde estavam hospedados. Após\n passar cinco dias internada na UTI de um hospital da cidade, a fisioculturista\n morreu.\n \n Necrópsia\n realizada no corpo de Fabiana apontou para asfixia mecânica, mas o delegado\n preferiu a conclusão de laudos complementares para ter certeza de que ela\n realmente havia sido estrangulada. “Ao abrir os pulmões e a traqueia dela, os\n peritos verificaram características de asfixia mecânica, como se algum\n instrumento tivesse colocado força sobre as vias respiratórias de Fabiana.\n Havia hemorragia ao redor do pescoço dela e pontos de sangue no pulmão que\n apontavam para o sufocamento”, disse o delegado, ainda durante a fase inicial\n das investigações.\n \n Enterro sem velório\n \n O\n corpo da fisioculturista foi enterrado no dia 5, em Jandira, região da Grande\n São Paulo. O sepultamento aconteceu no Cemitério AlphaCampus. A família optou\n por não realizar velório.\n \n Entenda o caso\n \n Segundo\n o próprio empresário Alexandre Paes, a mulher estava tomando banho quando ela\n teria sofrido uma queda repentina.\n \n O\n Samu foi acionado e já encontrou a paulista desacordada. No dia 2 de janeiro,\n no entanto, a fisioculturista morreu na UTI de um hospital particular de Natal.\n Familiares disseram que ela, enquanto esteve internada na UTI, permaneceu todo\n o tempo em coma induzido.\n \n Em razão da suposta\n queda, o corpo de Fabiana foi removido para autópsia no Instituto\n Técnico-Científico de Polícia do RN. Laudos preliminares revelaram que a vítima\n havia sofrido asfixia mecânica, com características de estrangulamento.
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\n O caso tornou-se público por meio da própria Polícia Civil, que convocou a\n imprensa para informar o acontecido. Desde então, o delegado Frank Albuquerque\n trabalha na investigação da morte da paulista.\n \n \n \n \n