Sheila Forato
Imprimir
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou sete pessoas, qualificadas como integrantes de organização criminosa, que agiam para obter vantagens econômicas indevidas com a grilagem de imóveis de Coxim. A denúncia é resultado da operação Grilagem de Papel, desencadeada em duas fases, por enquanto.
Foram denunciados:
O empresário e ex-gerente de Tributação da Prefeitura de Coxim, Rodrigo Ferreira Lima, visto pelo Ministério Público como o chefe da organização criminosa. Ele foi denunciado por constituir organização criminosa, obstrução da investigação, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações, falsidade ideológica e lavagem de capitais. Somadas, as penas para os crimes que teriam sido praticados por Rodrigo podem chegar a 476 anos de prisão por se tratarem de penas cumulativas e multiplicativas, conforme o pedido do MPMS.
O arquiteto Thiago Cruz Cassiano da Silva, ex-gerente de Habitação da Prefeitura de Coxim, também foi denunciado pelos mesmos crimes, assim como o policial civil Marcio Rodrigues da Silva, o representante comercial Ivaldir Adão Albrecht Junior e o advogado Ernandes José Bezerra Junior.
Já Heverton Furtado Simões, ex-registrador do Cartório de Imóveis, foi denunciado por quase todos os crimes citados, com exceção de obstrução da investigação. Rodrigo de Amorim Melo, que substituiu Rodrigo Ferreira Lima na gerência de Tributação, foi denunciado por apenas três crimes: organização criminosa, inserção de dados falsos em sistema e falsidade ideológica.
Dos integrantes da chamada organização criminosa, derrubada em investigação do Ministério Público, quatro estão presos. Rodrigo Lima, Thiago Cassiano e Ivaldir Albrecht no Estabelecimento Penal Masculino de Coxim. Márcio Rodrigues foi levado para o 3º Distrito Policial de Campo Grande. Heverton Simões foi afastado de suas funções a pedido do MPMS, assim como Rodrigo Melo. Também existem medidas cautelares contra o advogado Ernandes Bezerra.
Além de oferecer a denúncia, o Ministério Público também pediu a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo dos denunciados, perda de valores relacionados direta ou indiretamente com a prática dos crimes, assim como a perda de bens adquiridos, fixação de valor para reparação de danos materiais e morais em favor das vítimas, apreensão de valores e veículos.