\n \n \n \t A quantidade de extravios de documentos pessoais preocupa as \n autoridades da Grande Dourados. Segundo dados do sistema de \n georreferenciamento e estatísticas da Secretaria de Justiça e Segurança \n Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp/MS), de janeiro a dezembro de 2013\n foram registradas nesta região aproximadamente 5 mil ocorrências de \n “fatos atípicos”, dentre os quais estão as perdas de cédulas de \n identidade, cartões de CPF, carteiras de habilitação e de trabalho, \n entre outros.\n \n \t Segundo o delegado regional da Polícia Civil em Dourados, Antonio \n Carlos Videira, pelo menos 80% do número apresentado pela Sejusp são \n referentes ao extravio de documentos.\n \n \t “É o tipo de coisa que acontece com mais frequência do que se imagina. \n Quando se perde algum documento, é preciso registrar a ocorrência o mais\n rápido possível para evitar problemas; mas antes disso, recomendo que o\n cidadão seja precavido e evite situações assim. Tem gente que não \n procura as autoridades acreditando que uma segunda via vai resolver o \n problema; o que não é verdade”, explicou.\n \n \t Ele diz que muitos criminosos vêem neste descuido a oportunidade para \n novos delitos. “Com o documento de terceiros na mão, uma pessoa mal \n intencionada pode fazer financiamentos, empréstimos, estelionato, \n compras à prestação e falsificação de identidade. Em alguns casos, os \n bandidos financiam veículos que são usados em roubo e tráfico de drogas.\n O verdadeiro dono do documento, na maioria das vezes, só percebe o \n problema quando já é tarde”, comentou Videira, lembrando o caso de uma \n pessoa que chegou a ser presa por isso.\n \n \t “Certa vez o morador de um município do Estado perdeu seus documentos e\n demorou para registrar o boletim de ocorrência. Um indivíduo achou \n estes documentos e começou a se passar pela pessoa, cometendo vários \n crimes em São Paulo. O homem foi preso, fugiu da cadeia e passou a ser \n procurado da Justiça. O sul-mato-grossense acabou detido como se ele \n fosse o foragido. Ele só foi compreender os fatos quando já estava atrás\n das grades. Então, até reunir provas suficientes que evidenciassem sua \n inocência, ficou na cadeia por quase 30 dias, enquanto o verdadeiro \n criminoso transitava livremente pelas ruas”.\n \n \t O delegado lembra ainda que é preciso tomar cuidado para que estes \n itens não sejam extraviados, mas caso isso ocorra, as autoridades \n precisam ser avisadas imediatamente.\n \n