Sábado, 3 de Maio de 2025
Polícia
21/05/2014 09:00:00
Polícia Civil conclui que Marcelo Pesseghini matou a família
A Polícia Civil encerrou a investigação do caso da família Pesseghini, segundo a qual o adolescente de 13 anos Marcelo Pesseghini matou sozinho os pais, um casal de PMs da Ronda Ostensiva Tobias Aguiar (Rota), a avó e a tia-avó e depois se suicidou, em agosto do ano passado.

Diário GABC

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Foto: Divulgação
\n \n A Polícia Civil encerrou a investigação do caso da família Pesseghini, \n segundo a qual o adolescente de 13 anos Marcelo Pesseghini matou sozinho\n os pais, um casal de PMs da Ronda Ostensiva Tobias Aguiar (Rota), a avó\n e a tia-avó e depois se suicidou, em agosto do ano passado.
A conclusão\n do inquérito foi enviada para a Justiça e deverá passar por uma parecer\n do Ministério Público Estadual (MPE) até o juiz arquivar o caso. Pelas \n imagens de câmeras de segurança, o garoto matou a família de madrugada, \n dirigiu um carro sozinho até a escola pela manhã, assistiu normalmente \n as aulas e voltou de carona para casa, para então se suicidar.\n \n Segundo a Secretaria de Segurança Pública, após nove meses de inquérito,\n "o caso foi encerrado, com o relatório final de 16 de maio, concluído \n pelo delegado Charlie Wang, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Crimes\n Múltiplos do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP)".\n O Ministério Público poderá ainda pedir novas investigações, no \n entanto.\n \n Laudos apresentados pelo Instituto de Criminalística à polícia apontam \n que Marcelo Pesseghini, de 13 anos, esperou no banheiro da casa pela \n chegada da mãe, a cabo da PM Andréia Pesseghini, depois de ter executado\n o próprio pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, no crime \n ocorrido no começo de agosto na Vila Brasilândia, zona norte de São \n Paulo.\n \n A investigação indica que Andréia estaria de joelhos sobre o corpo do \n marido, quando o garoto realizou o disparo. A cena do crime foi descrita\n pela perícia técnica que examinou os assassinatos e realizou nove \n laudos e 35 exames sobre o caso.\n \n Ainda não é certo a motivação do crime, mas testemunhas ouvidas pela \n polícia, como colegas e vizinhos, mostraram que o adolescente tinha um \n comportamento estranho, tinha boa pontaria e já havia dito que ira matar\n a família, o que ninguém levou a sério até as mortes.\n \n Um laudo psiquiátrico elaborado sobre Marcelo Pesseghini compara o \n adolescente ao personagem Dom Quixote, da obra de Miguel de Cervantes. O\n laudo foi elaborado pelo psiquiatra forense Guido Palomba e aponta que \n Pesseghini teve falta de oxigenação no cérebro, desenvolveu \n "encefalopatia", o que o levou ainda a portar um "delírio encapsulado".\n \n O documento reforça que tiros e homicídios eram assuntos recorrentes na \n casa de Marcelo, por conta da profissão dos pais, e ressalta que o \n adolescente era influenciado por jogos violentos. As ideias delirantes \n que misturam imaginário à realidade foram comparadas ao personagem de \n Cervantes. "Sofrendo de encefalopatia, desenvolveram sobre esse terreno \n (inconsciente neural) ideias delirantes sistematizadas e circunscritas \n (delírio encapsulado), nas quais a imaginação e a realidade se misturam \n morbidamente", diz o laudo.\n
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