Sexta-Feira, 10 de Outubro de 2025
Polícia
09/10/2025 08:01:00
Polícia Federal realiza nova etapa da operação que apura fraudes no INSS
Os mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal.

G1/PCS

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A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta quinta-feira (9) mais uma fase da ‘Operação Sem Desconto’, que apura descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do INSS.

Estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo (45 mandados), Sergipe (12), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (2), Pernambuco (2), Bahia (2) e no Distrito Federal (1).

Segundo os federais, a ação desta quinta (9) tem o "objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial".

A TV Globo apurou que o foco está em três empresas responsáveis pela estrutura da lavagem de dinheiro do esquema criminoso.

Os crimes investigados são de estelionato qualificado; peculato; corrupção ativa; uso de documento falso; lavagem de capitais e organização criminosa.

1ª fase da operação

No último dia 12 de setembro, a mesma PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti, na 1ª fase da mesma operação.

Os dois são suspeitos de envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na operação do início de setembro, foram apreendidas esculturas eróticas, quadros, arma e carros de luxo.

➡️ Uma investigação da PF revelou um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS. Antunes é o lobista apontado pela PF como "facilitador" do caso.

👉 A PF afirma que associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

Naquela data, a PF dizia que o prejuízo, entre os anos de 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude veio à tona, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.

Antunes foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

Por telefone, a defesa de Antunes afirmou à TV Globo que buscaria a liberdade do seu cliente.

Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. A defesa do empresário disse não haver "qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS". (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)

Os agentes também foram na casa e no escritório do advogado Nelson Wilians, na cidade de São Paulo, onde encontraram diversas obras de arte.

Em nota, a defesa dele esclareceu que ele "tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência".

No total, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF André Mendonça.

Diversos carros de luxo foram apreendidos, incluindo Ferrari, Land Rover, Porsche, Mercedes e até um carro de Fórmula 1.

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