Sábado, 3 de Maio de 2025
Polícia
26/04/2013 10:55:22
Polícia realiza investigações sobre exploração sexual em Corumbá
A operação, que teve início após diversas denúncias de exploração sexual infantil, juvenil e adulta, é realizada pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM); Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI), com o apoio do 1º Distrito de Polícia Civil.

Diário Online/AB

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\n \n A segunda ação da operação que visa combater a exploração sexual\n em Corumbá, deflagrada este mês, ocorreu no início da noite da quarta-feira, 24\n de abril e resultou na prisão em flagrante de G. F. L., 39 anos, mais conhecida\n como "Rose". Ela foi detida após a comprovação de que o bar, era na\n verdade, um local de prostituição. O flagrante foi comunicado ao juízo da 2ª\n Vara Criminal e "Rose" está à disposição da Justiça, que decidirá\n pelo encaminhamento ao presídio feminino ou que ela responda ao processo em liberdade. Em caso\n de condenação, a pena prevista é de 5 anos de reclusão. \n \n "No local encontramos cerca de 10 mulheres se prostituindo e\n vários clientes. O lugar era voltado para prostituição local, ou seja, não era\n voltado para turistas, pois ele tem uma característica própria, funcionava\n durante o dia. Nos fundos do bar havia um quarto com cama, era alugado pela “Rose”\n por uma quantia, que além do aluguel, fornecia o preservativo. Por dia, eram\n feitos de 8 a\n 10 programas. Por esse motivo, detirar proveito da exploração sexual dessas\n mulheres é que ela foi detida e acabou confessando na Delegacia que há cerca de\n dois anos realiza este tipo de ação", explicou a delegada Priscila\n AnudaQuarti Vieira, titular da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e\n Idoso (DAIJI). \n \n A operação, que teve início após diversas denúncias de exploração\n sexual infantil, juvenil e adulta, é realizada pela Delegacia de Atendimento à\n Mulher (DAM); Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI),\n com o apoio do 1º Distrito de Polícia Civil. \n \n "Estes locais onde estamos realizando a fiscalização são\n todos pontos que detectamos através de denúncias da própria população e de\n investigação. Esse bar, na área central nos trazia grande preocupação, pois,\n além de recebermos denúncias de prostituição, as mulheres estavam abordando os\n clientes na rua, na calçada, no entorno. Além disso, o bar funcionava durante o\n dia e na área, há escolas e muitas meninas passam pelo local, logo, os “clientes”\n já alcoolizados, também chamavam essas meninas para o interior do bar",\n frisou a delegada. \n \n Além da proprietária do bar, foram encaminhados à delegacia as dez\n mulheres que estavam se prostituindo, uma funcionária do local e mais três\n clientes. Um dos clientes foi autuado por portar droga para consumo pessoal,\n pois foi flagrado com três trouxinhas de maconha. "Todas essas pessoas\n foram ouvidas e apresentaram a mesma vertente, de que o local, era usado para a\n prática da prostituição e esse fator, reforçou nossos argumentos, provaram que\n as denúncias eram verídicas e a proprietária foi presa", enfatizou\n Priscila Anuda Vieira. \n \n O bar estava com o alvará em dia para o funcionamento. Na\n quarta-feira, logo após o flagrante, ele foi fechado, mas de acordo com a\n delegada, poderá funcionar posteriormente, após se regularizar, retirando a\n cama que há no quarto dos fundos e sem a exploração sexual no local. \n \n Denúncias \n \n A operação continua e outros pontos que forem identificados com a\n colaboração da população, serão alvo das ações policiais. "A população tem\n contribuído e esperamos mais denúncias, basta que liguem anonimamente para\n 3234-9900 ou no plantão policial da 1ª Delegacia de Polícia Civil, que é\n 3234-7100. Se quiser vir até a delegacia e relatar um fato, manifestando\n vontade de que seja anônimo, nós também vamos ouvir, vamos elaborar um\n relatório policial e verificar se essa informação procede ou não procede",\n explicou a delegada. \n \n Ela lembrou ainda que essas ações já eram realizadas há cerca de 3\n anos pela DAIJI, e que, com o somatório de forças, a operação ganha mais poder\n de fiscalização, buscando retirar a associação entre turismo e exploração\n sexual, seja ela infanto-juvenil ou de mulheres.\n \n De acordo com o Código Penal Brasileiro, o rufianismo\n (cafetinagem) é considerado crime com pena de um a quatro anos de prisão, mais\n multa, e sua definição é dada como "tirar proveito da prostituição alheia,\n participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em\n parte, por quem a exerça". Em casos, onde há "emprego de violência ou\n grave ameaça", a pena pode variar de dois a oito anos de reclusão, além da\n multa.\n \n \n \n \n
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