Sábado, 3 de Maio de 2025
Polícia
04/07/2012 12:06:38
Presidente de Sindicato Rural está entre presos pela PF em MS no caso Nísio Gomes
A prisão preventiva do representante da classe ruralista do município, foi decretada durante as investigações do sumiço do cacique Nísio Gomes.

Midiamax/LD

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\n \n O presidente do Sindicato Rural de Aral Moreira, Osvin Mittank,\n está entre os presos pela Polícia Federal nesta quarta-feira (4). A prisão\n preventiva do representante da classe ruralista do município, foi decretada\n durante as investigações do sumiço do cacique Nísio Gomes.\n \n Segundo o advogado de defesa do fazendeiro, Fabrício Franco\n Marques, o presidente do Sindicato foi surpreendido com a prisão e já foi\n ouvido na sede da Polícia Federal de Ponta Porã, onde deve permanecer. “Isso é\n um atentado ao sindicalismo. Ele não tem interesse algum na região”, diz.\n \n No entanto, o advogado admitiu que o cliente participou de\n diversas reuniões com fazendeiros da região onde aconteceu em novembro de 2011\n o ataque aos índios guarani que ocupavam áreas de duas fazendas no acampamento\n Guaviry, entre Amambai e Ponta Porã.\n \n O atentado, realizado por um grupo armado, terminou com o\n desaparecimento do líder indígena Nísio Gomes. Testemunhas, os índios afirmaram\n que o cacique teria sido atingido por tiros de armas de fogo e carregado na\n carroceria de uma camionete.\n \n Continuam as buscas pelo corpo de Nísio, segundo a Policia\n Federal, que nesta quarta já cumpriu oito mandados de prisão na região. Com as\n ações de hoje, já são 18 pessoas presas durante as investigações.\n \n O presidente do Sindicato Rural teve o mandado de prisão\n preventiva emitido pelo juiz federal após o pedido feito pela Polícia Federal e\n aprovado pelo Ministério Público Federal.\n \n “Ele não tem nenhum interesse na região, nunca contratou ninguém,\n nunca acompanhou nenhum fato. Ele participou de reuniões de fazendeiros, mas\n sempre tentando negociar, como representante dos produtores rurais, a retirada\n pacífica dos índios. Mas ele não sabia nem teve nenhum envolvimento no\n planejamento do atentado”, afirmou o advogado.\n \n Sobre a acusação de que teria ameaçado pessoas envolvidas na\n investigação do ataque, Fabrício Marques garante que o cliente nega. “Isso não\n existe. Ele nega que tenha ameaçado alguém. Estou entrando com pedido de\n revogação da prisão preventiva nesta tarde, porque foi ilegal”, diz.\n \n De acordo com o advogado, o fazendeiro já havia sido intimado para\n depor nesta tarde, mas não teve tempo de comparecer espontaneamente. “Ele se\n comprometeu a estar aqui, e não se furtou de ajudar. Tudo que ele sabe, falou\n para a delegada. Se não tem no depoimento, é porque ele não sabe”, conclui.
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