\n \n Presos da\n Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, começaram uma rebelião na manhã\n desta quinta-feira (21). Duas pessoas - um agente penitenciário e uma\n professora - são feitas reféns, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social\n (Seds). A tropa da Polícia Militar (PM) está no local. O motim, segundo a PM, é\n feito no Pavilhão 1. O assessor de imprensa da 2ª Região da PM, major Sérgio\n Dourado, disse que não há feridos.\n \n De acordo com o\n subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, 90 presos\n estão envolvidos no motim. Neste pavilhão estão presos condenados por crimes\n como tráfico de drogas, furto e roubo. O pavilhão onde acontece a rebelião é ao\n lado de onde está detido o goleiro Bruno Fernandes, que é o pavilhão 4. Bruno é\n réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do\n atleta. Além de Bruno, está detido pavilhão 7 o amigo dele Luiz Henrique Romão,\n o Macarrão.\n \n Ainda\n segundo Dourado, há informações de que os presos estejam com duas armas, mas a\n corporação informou que elas ainda não foram vistas pelos policiais. Dois\n presos estão à frente das negociações.\n \n Os\n presos saíram das celas e estão no pátio. Eles queimaram colchões e usaram\n pedaços de tecidos para tentar escapar do pavilhão pelo telhado. Neste momento,\n foram usadas bombas de efeito moral para evitar uma possível fuga, segundo\n major Dourado. Eles também usaram o que parece ser roupa de cama para escrever\n as palavras "opressão" e "sistema" no chão do pátio do\n pavilhão. Um helicóptero da polícia acompanha a movimentação. Policiais estão\n nos muros do presídio fazendo o monitoramento os detentos.\n \n O\n Grupamento de Ações Táticas Especiais chegou ao presídio às 12h20 para comandar\n a negociação de rendição. Alguns detentos estão no telhado e jogam telhas no\n pátio. Uma pessoa chegou a ser colocada embaixo de uma pilha de colchões. Ela\n foi tirada logo depois.\n \n Um\n princípio de rebelião no pavilhão 6 foi confirmado, mas a Polícia Militar disse\n que o motim já está controlado. Fumaça é vista ainda em outro pavilhão.\n \n O\n subsecretário teria dito, segundo uma fonte ligada a ele, que os rebelados\n reclamam da demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de\n mulheres grávidas. Eles ainda se queixam da direção do presídio, de\n espancamento e pedem revisão de pena.\n \n O\n motim começou quando a professora, que é uma das reféns, dava aula para alguns\n dos detentos, pelo ensino fundamental, e era escoltada pelo agente, que também\n está em poder dos rebelados.\n \n A\n auxiliar de enfermagem Júlia Delfim, que é amiga da professora feita refém,\n disse que a professora gostava de dar aulas para os presidiários.nbsp; A\n professora teria lhe dito que. em 12 anos de profissão dentro da Nelson\n Hungria, não houve nenhum registro de confusão entre ela e os detentos.\n \n \n \n \n