O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) denunciou que há irregularidades nanbsp;escala\n de fim de ano dos peritos papiloscopistas, que extrapola em 110 horas. A\n entidade entrou com representação na Corregedoria Geral do órgão. A \n ação, que eles consideram “trabalho escravo”, ocorre em Dourados, a 233 \n quilômetros da Capital. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública \n prometeu analisar a denúncia.nbsp;Segundo\n o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião de Souza, a intenção é \n que a escala seja refeita e as pessoas envolvidas sejam punidas. \n “Protocolamos ontem (9) o mandado de segurança. Fazer uma escala sem \n observar a lei é crime por parte do funcionário. Nossa obrigação é de 40\n horas semanais e 160 mensais, sendo permitida, no máximo, duas horas a \n mais por dia”, afirma Souza.Mesmo \n antes da escala de fim de ano, a categoria já fazia inúmeras reclamações\n com relação a carga horária excessiva. “A média destes profissionais é \n de 270 horas por mês sem remuneração alguma de hora extra. No Posto de \n Identificação de Dourados, onde ocorreu o problema, existem apenas seis \n peritos. Destes, um entrou com um pedido de aposentadoria e, em 2014, \n mais dois vão pedir”, comenta Souza.Os\n peritos ainda reclamam da falta de efetivo. O ideal seria 300 \n servidores, no entanto existem apenas 160 e o concurso em andamento irá \n preencher apenas 30, conforme a categoria.Escala –\n Após tomar conhecimento da escala, o titular da Sejusp/MS (Secretaria \n de Justiça e Segurança Pública), Wantuir Jacini, ressaltou que\n irá tomar providências. “Fiquei sabendo do fato pela imprensa, \n desconhecia essa escala. Na verdade, até pouco tempo, o que eu estava \n sabendo é que em Dourados os peritos estavam cumprindo apenas meio \n expediente, por conta do plantão noturno e isso acarretou em um fila \n enorme no posto de identificação”, afirma Jacini.De\n acordo com o secretário, os servidores deixaram de trabalhar o dia todo\n por conta do plantão noturno. “Acontece que muitas vezes não há uma \n ocorrência sequer e, no outro dia, eles querem folga. Se houver \n trabalho, é correto o descanso no outro dia. No entanto, muitas vezes \n não há chamado e acredito que o ideal é o perito ficar apenas de \n sobreaviso. Mesmo assim solicitei uma posição do coordenador geral de \n perícias, Nelson Firmino, e estou aguardando”, comenta Jacini.