Política
12/03/2014 09:00:00
Governo sofre nova derrota, e Câmara chama 9 ministros para "esclarecimentos"
Convocações e convites são a 2ª derrota de Dilma em menos de 24 horas. Siglas da base insatisfeitas com o Planalto apoiaram iniciativa da oposição.
G1/PCS
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Um dia após derrotarem o Palácio do Planalto no plenário da Câmara,\n integrantes da base aliada impuseram um novo revés ao governo federal na manhã\n desta quarta-feira (12). \n \n Quatro comissões permanentes da Casa aprovaram a convocação de quatro\n ministros do governo Dilma Rousseff, além de convites para a presidente da\n Petrobras, Maria da Graça Foster, e outros cinco integrantes do primeiro\n escalão prestarem esclarecimentos aos parlamentares.\n \n Os ministros convocados são Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aguinaldo\n Ribeiro (Cidades), Manoel Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da\n União). Por se tratar de convocação, eles serão obrigados a ir à Câmara em data\n que ainda será agendada.\n \n Por outro lado, a dirigente da Petrobras e os ministros Arthur Chioro\n (Saúde), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo\n (Comunicações), Francisco Teixeira (Integração Nacional) e Moreira Franco\n (Aviação Civil) não têm obrigação legal de ir ao Legislativo. Nesses seis\n casos, o PT conseguiu negociar a aprovação de um convite. O prazo regimental\n para eles irem à Câmara é de até 30 dias.\n \n Pela manhã, a Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio chegou a\n votar requerimento que previa convite ao ministro de Minas e Energia, Edison\n Lobão (PMDB), para ele prestar esclarecimentos sobre apagões ocorridos neste\n ano em diversas unidades da federação. No entanto, por pressão de deputados do\n PMDB, o colegiado concordou em transformar o requerimento em um convite para o\n Ministério de Minas e Energia. Em vez de Lobão, quem vai dar detalhes sobre os\n apagões será o secretário-executivo da pasta, Márcio Zimermmann.\n \n Rebelião na base
\n As convocações e convites aos integrantes do governo são mais uma reação do\n chamado blocão, grupo de parlamentares da base aliada insatisfeito com a\n relação com o Executivo.\n \n Comandadas pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), sete legendas\n governistas mais o oposicionista Solidariedade se uniram para pressionar Dilma\n a negociar com o parlamento.\n \n Os governistas reclamam do não cumprimento de acordos quanto à liberação de\n recursos de emendas parlamentares, criticam a demora da presidente da República\n em concluir a reforma ministerial e se dizem excluídos das decisões políticas e\n dos lançamentos de programas federais.\n \n Nesta terça-feira (11), em meio à crise entre o Planalto e a base aliada na\n Câmara, a maioria dos integrantes do chamado "blocão" derrotou o\n governo ao aprovar a criação de uma comissão externa de deputados para\n investigar as denúncias de corrupção na Petrobras.\n \n Sessão tumultuada
\n A convocação dos integrantes do primeiro escalão e o convite à presidente da\n maior empresa do país ocorreu em meio a uma sessão tumultuada. Apenas PT, PP e\n PDT tentaram barrar a iniciativa da oposição que recebeu aval de partidos da\n base governista, como o PMDB.\n \n No início da reunião, o PT conseguiu negociar com a base a aprovação de um\n convite para o ministro da Saúde, em vez de uma convocação. O fato de Arthur\n Chioro não ser obrigado a ir ao Legislativo representou uma vitória parcial ao\n Executivo.\n \n Porém, a dura discussão que ocorreu no plenário do colegiado durante a\n votação do convite do titular da Saúde exaltou ainda mais os ânimos. Irritados\n com os deputados petistas, os integrantes do "blocão" decidiram\n retaliar o partido da presidente Dilma Rousseff durante a análise de outros\n requerimentos para chamar ministros.\n \n Segundo o líder do PMDB, os deputados optaram por convocar quatro ministros\n por alguma palavra mal dita durante a sessão.\n \n Essas coisas do debate se acirram mais ou menos. Às vezes, o comportamento\n muda em função de uma palavra mal dirigida. Isso é normal, é do acirramento do\n discurso, argumentou Cunha.\n \n Vice-líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (CE) negou que o\n PT tenha tentado impedir a convocação de ministros. De acordo com o parlamentar\n do Ceará, os convites e convocação fazem parte do "jogo democrático".\n \n O governo não tem problema nenhum em mandar ministro para esta Casa. Faz\n parte do jogo democrático. Tem que ser assim. Evidentemente que uma convocação\n tem objetivos políticos. E é papel da oposição estar jogando. O que nós\n precisamos acertar é nossa relação na base [...]. Se no dia tem uma ou outra\n convocação, temos que baixar a temperatura. Não coloquemos mais um litro de\n querosene na fogueira, declarou.\n \n \n
\n As convocações e convites aos integrantes do governo são mais uma reação do\n chamado blocão, grupo de parlamentares da base aliada insatisfeito com a\n relação com o Executivo.\n \n Comandadas pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), sete legendas\n governistas mais o oposicionista Solidariedade se uniram para pressionar Dilma\n a negociar com o parlamento.\n \n Os governistas reclamam do não cumprimento de acordos quanto à liberação de\n recursos de emendas parlamentares, criticam a demora da presidente da República\n em concluir a reforma ministerial e se dizem excluídos das decisões políticas e\n dos lançamentos de programas federais.\n \n Nesta terça-feira (11), em meio à crise entre o Planalto e a base aliada na\n Câmara, a maioria dos integrantes do chamado "blocão" derrotou o\n governo ao aprovar a criação de uma comissão externa de deputados para\n investigar as denúncias de corrupção na Petrobras.\n \n Sessão tumultuada
\n A convocação dos integrantes do primeiro escalão e o convite à presidente da\n maior empresa do país ocorreu em meio a uma sessão tumultuada. Apenas PT, PP e\n PDT tentaram barrar a iniciativa da oposição que recebeu aval de partidos da\n base governista, como o PMDB.\n \n No início da reunião, o PT conseguiu negociar com a base a aprovação de um\n convite para o ministro da Saúde, em vez de uma convocação. O fato de Arthur\n Chioro não ser obrigado a ir ao Legislativo representou uma vitória parcial ao\n Executivo.\n \n Porém, a dura discussão que ocorreu no plenário do colegiado durante a\n votação do convite do titular da Saúde exaltou ainda mais os ânimos. Irritados\n com os deputados petistas, os integrantes do "blocão" decidiram\n retaliar o partido da presidente Dilma Rousseff durante a análise de outros\n requerimentos para chamar ministros.\n \n Segundo o líder do PMDB, os deputados optaram por convocar quatro ministros\n por alguma palavra mal dita durante a sessão.\n \n Essas coisas do debate se acirram mais ou menos. Às vezes, o comportamento\n muda em função de uma palavra mal dirigida. Isso é normal, é do acirramento do\n discurso, argumentou Cunha.\n \n Vice-líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (CE) negou que o\n PT tenha tentado impedir a convocação de ministros. De acordo com o parlamentar\n do Ceará, os convites e convocação fazem parte do "jogo democrático".\n \n O governo não tem problema nenhum em mandar ministro para esta Casa. Faz\n parte do jogo democrático. Tem que ser assim. Evidentemente que uma convocação\n tem objetivos políticos. E é papel da oposição estar jogando. O que nós\n precisamos acertar é nossa relação na base [...]. Se no dia tem uma ou outra\n convocação, temos que baixar a temperatura. Não coloquemos mais um litro de\n querosene na fogueira, declarou.\n \n \n
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