\n \n “A melhor maneira para o cara ser respeitado é falar a verdade” e “quem\n achar que não pode ser deputado, passar bem, vai para casa”, foram algumas das\n frases ditas pelo governador André Puccinelli (PMDB) na manhã desta\n quinta-feira (26) ao falar sobre a independência entre poderes.\n \n Puccinelli afirmou que na função de governador, tem que atuar igual a um pai\n e, no seu caso, lidando com 79 "filhos", no caso o número de\n municípios de MS, já contando com Paraíso das Águas. Ele comentou que os únicos\n tributos arrecadados são ICMS e IPVA. Desta maneira, distribui 25% para os\n municípios, arrecadado na fonte e já distribuído pelo próprio banco, no caso o\n Banco do Brasil. Do que sobra, segundo o governador, 15% são usados para pagar\n a dívida com os municípios e 16,7% para os outros poderes.\n \n O governador entende que é neste contexto que as coisas se complicam. Ele\n revela que quando entrou no Governo, o duodécimo, valor que é distribuído para\n os poderes, era de 19,15%. Mas, teve que ser diminuído, em um total de 2,5%, o\n que lhe custou 12,5 milhões. “Não é justo o papai arrecadar e o filho dizer:\n quero R$ 500 mil de mesada”.\n \n Puccinelli afirmou que os poderes são independentes e harmônicos, mas que\n não tem “grana na medida que quer, mas na medida que a lei determina". O\n governador lembra que o duodécimo do Judiciário era de 6,8% e agora é 6,3%. Jáo\n o da Assembleia era 3,7% e retirou-se 0,5% para passar para o Judiciário.\n \n No caso do Ministério Público, o valor subiu e passou de 3,3% para 3,7%, que\n também foram pegos da Assembleia. Já no caso do Tribunal de Contas do Estado, o\n percentual caiu de 2,1% para 1,9%. Porém, quando perceberam que o valor não\n pagava nem o custeio, este percentual aumentou para 2%.\n \n “Em resumo, daquilo que era o percentual do inicio do Governo, diminuiu.\n Mas, a grana, quantidade, aumentou, porque a arrecadação dobrou. Não é quanto\n eu quero. É quanto tem de disponibilidade para todos”.