Aproximadamente\n 200 pessoas, na sua maioria assentados dos acampamentos Estrela I e II \n de Campo Grande, levados por aliados do prefeito Alcides Bernal (PP), \n estão acampados em frente à Câmara Municipal de Campo Grande, para \n acompanharem o julgamento desta quarta-feira (12), que pode cassar o \n progressista do executivo da Capital. \n O grupo está na avenida Ricardo Brandão embaixo de lonas \n improvisadas. Entre os manifestantes também estavam os secretário de \n cultura Júlio Cabral e a presidente da Agência Municipal de Regulação de\n Serviços Públicos, Ritva Vieira. A Polícia Militar faz o cadastramento \n das 362 pessoas que poderão assistir à sessão. \n Além dos assentados, representantes de sindicatos também estão \n presentes como no caso do Sindicato dos Vigilantes de Campo Grande e \n Região. “Não tem como investir em educação, saúde, ele (Bernal), precisa\n de recursos e emendas parlamentares”, diz o presidente do sindicato, \n Celso Adriano Gomes da Rocha.\n Agil Boneto, um dos assentados nega que foram “levados” para \n manifestarem durante a sessão. “As pessoas que estão aqui vieram por \n livre e espontânea vontade”, diz. \n Representantes do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), e\n da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS, acompanham todo o \n procedimento de cadastramento. “Queremos evitar qualquer tipo de excesso\n de qualquer lado”, disse Paulo Ângelo de Souza, presidente do CDDH.\n A Polícia Militar avisou que irá interditar a Rua Ricardo \n Brandão, em frente à Câmara, a partir das 21h de hoje (11). A partir das\n 7h de amanhã (12), uma fila deverá ser formada para a distribuição de \n senhas que começa às 9h. “Estaremos aqui para garantir a democracia e \n assegurar o processo democrático”, concluiu o coronel Zerlotti. .\n \n A sessão começará com a leitura do relatório. Bernal terá duas \n horas para fazer sua defesa e cada vereador mais 15 minutos para votar e\n explicar seu voto, caso queira. O prefeito pode enviar um advogado como\n representante ou deixar apenas sua defesa por escrito ser lida, que já \n está em posse da Câmara desde o dia 26 de dezembro, quando foi realizada\n a primeira sessão, bloqueada horas depois por decisão do Tribunal de \n Justiça do Estado.