\n \n O governador André Puccinelli (PMDB), o senador Delcídio Amaral\n (PT), deputados federais e estaduais, se reuniram na tarde desta segunda-feira\n (29) para unir forças e evitar que importantes questões econômicas, a serem\n definidas nos próximos dias, prejudiquem o Mato Grosso do Sul. \n \n O assunto não envolveu política, mas foi marcado como o primeiro\n encontro entre os rivais na urna, Alcides Bernal (PP) e Edson Giroto (PMDB), e\n os líderes do PT e PMDB, Delcídio Amaral e André Puccinelli. \n \n A reunião foi a portas fechadas, mas o senador Delcídio Amaral, já\n no carro, parou para atender a imprensa. Neste momento, o governador André\n Puccinelli também passou, mas não desceu do carro. Ele disse que Delcídio\n estava na reunião e explicaria o que aconteceu. Questionado sobre assuntos\n ligados a eleição, Puccinelli declarou que a política acabou ontem e que agora\n é cuidar de trabalhar. \n \n “É hora do povo que gosta de Mato Grosso do Sul, prefeito,\n vereador, senador, governador e a sociedade civil salvar o Estado do que estão\n querendo fazer com o Centro-Oeste”, disse Puccinelli antes de ir embora. \n \n O discurso de Puccinelli foi reforçado por Delcídio. O senador\n também declarou que a campanha acabou ontem e que agora é hora de trabalhar. “A\n eleição já acabou. Agora é trabalhar para quem para os nossos salários. O povo\n agora quer saber o que nós estamos fazendo para ajudar o Estado, mas a reunião\n foi boa até para relaxar o espírito e dar uma desintoxicada”. \n \n Segundo Delcídio a reunião serviu para discutir temas como o Fundo\n de Participação dos Estados (FPE), incentivos fiscais e até a distribuição dos\n royalties do Pré-sal . Na opinião do senador, o que mais preocupa é o FPE. Até\n 31 de dezembro o Congresso Nacional precisa votar novo critério de rateio do\n fundo, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que acolheu Ação de\n Inconstitucionalidade da lei que trata da atual divisão. A bancada do Estado\n teme uma redução, que prejudique ainda mais o Mato Grosso do Sul, que já tem o\n penúltimo repasse entre os estados, de apenas 1,33%, contra estados mais novos\n como o Tocantins, que tem repasse de mais de 4%. \n \n Outro assunto que preocupa é a questão do incentivo fiscal. A\n bancada do Estado luta para que os incentivos sejam regularizados e diminua a\n desigualdade entre os estados, que precisam reduzir os impostos para atrair\n indústrias e vencer a desleal concorrência com estados como São Paulo e Santa\n Catarina. \n \n A bancada do Estado se reunirá na quarta-feira (31) com o ministro\n da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Conselho Nacional de Política\n Fazendária, Nelson Barros, para tratar destes temas que preocupam. Na reunião\n também deve ser abordada a renegociação da dívida do Estado. Os representantes\n de Mato Grosso do Sul defendem a redução do indexador e prolongamento da\n dívida. O objetivo é reduzir de 15% para 9% a dívida e direcionar a diferença\n em investimentos. \n \n O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) também esteve na\n reunião. Ele explicou que uma redução do FPE pode quebrar os municípios e\n prejudicar a economia em geral, diminuindo a capacidade de investimentos do\n Estado. O deputado federal Edson Giroto lembrou que o momento é de respeitar o\n interesse maior, que é a cidade. Ele afirmou que parabenizou Bernal pela\n vitória, mas deixou claro que cobrará os compromissos firmados pelo candidato\n da oposição durante a campanha.\n \n \n