Domingo, 4 de Maio de 2025
Política
04/01/2013 09:00:00
Após penhora de bens, Maluf decide pagar indenização
O valor é resultado de uma ação movida em 2001 contra o ex-prefeito por Andrade Neto, que na época era procurador de Justiça em São Paulo e conduzia diversas investigações contra o ex-prefeito.

Folha/HJ

Imprimir
\n \n Após\n ter bens penhorados e sob ameaça de ver sua casa vasculhada por oficiais de\n Justiça, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) entrou em acordo com o juiz\n Alberto de Oliveira Andrade Neto --a quem acusou de ser ligado ao PT e agir por\n motivação política quando era procurador-- para pagar indenização de R$ 297\n mil. \n \n O\n valor é resultado de uma ação movida em 2001 contra o ex-prefeito por Andrade\n Neto, que na época era procurador de Justiça em São Paulo e conduzia\n diversas investigações contra o ex-prefeito. \n \n Em\n entrevista à Folha em outubro de 2000, disse Maluf: "A ação é do\n procurador Alberto de Oliveira Andrade Neto, que é membro do PT, tem\n carteirinha do partido. Ele fez uma ação no ano 2000 sobre um fato ocorrido em\n 1996, sem dar direito de defesa. Isso é partidarismo político, é nojento,\n asqueroso". \n \n Em\n 2002, o desembargador conseguiu a primeira vitória na Justiça e ganhou\n indenização de R$ 100 mil por danos morais. \n \n Em\n fevereiro de 2011, parte da sentença foi executada. Maluf havia entregado dois\n carros, avaliados em R$ 86 mil, para pagar parcela do débito. Dois meses\n depois, foram penhoradas ações da Eucatex, principal empresa da família Maluf. \n \n Como\n não vinha conseguindo receber o restante da indenização, o desembargador\n requisitou à juíza Valéria Maldonado, da 29ª Vara Cível de São Paulo, a\n desistência das ações da Eucatex. \n \n Isso\n porque papéis da empresa estavam com bloqueio judicial. Pediu ainda a penhora\n de bens como obras de arte e outros objetos na casa de Maluf. \n \n No\n despacho, publicado em 13 de dezembro, a juíza acolheu o pedido, mas determinou\n que somente dois oficiais de Justiça, "sendo expressamente vedado o\n acompanhamento por pessoas estranhas ao processo", entrassem na casa. Ela\n também proibiu o arrombamento da casa sem que houvesse pedido por escrito dos\n oficiais. \n \n No\n acordo, Maluf aceitou quitar a dívida, mas em parcelas, segundo apurou a Folha\n com advogados do caso. O assessor de Maluf, Adilson Laranjeira, disse que, com\n o acordo selado, o caso está encerrado. Segundo ele, a primeira parcela já foi\n quitada pelo deputado. \n \n REVESES \n \n A\n penhora foi mais um revés sofrido por Maluf no segundo semestre de 2012. \n \n Em\n novembro, a Justiça da Ilha de Jersey condenou empresas supostamente ligadas a\n Maluf a devolver R$ 22 milhões à Prefeitura de São Paulo e apontou que o\n dinheiro foi resultado de fraude com a participação do deputado. Os advogados\n recorreram. \n \n Ainda\n em novembro, a 4ª Vara da Fazenda de São Paulo concedeu à prefeitura o chamado\n protesto contra a alienação de bens da Eucatex, uma forma de blindar a empresa\n de Maluf e garantir o recebimento de dívidas. \n \n Um\n mês antes, a Justiça determinou que o deputado devolvesse R$ 21,315 milhões aos\n cofres da prefeitura, dinheiro supostamente desviado no chamado "escândalo\n dos precatórios". \n \n Nesse\n processo, Maluf recorreu para tentar reduzir o valor da condenação. \n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias