Política
08/07/2013 09:00:00
Após usar avião da FAB, Calheiros defende transparência sobre voos oficiais
No plenário do Senado, Renan defendeu a aprovação de pedido de informações ao Ministério da Defesa, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para que o órgão divulgue os dados referentes aos voos.
Folha/PCS
Imprimir
\n \n Depois de usar avião da Força Aérea Brasileira para ir ao\n casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) na Bahia, o senador Renan\n Calheiros (PMDB-AL) defendeu nesta segunda-feira (8) maior\n "transparência" na divulgação das informações dos voos oficiais pela\n Aeronáutica. \n \n No plenário\n do Senado, Renan defendeu a aprovação de pedido de informações ao Ministério da\n Defesa, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para que o\n órgão divulgue os dados referentes aos voos. \n \n No\n requerimento, o tucano pede que o ministério divulgue quantas viagens foram\n feitas pelas autoridades públicas desde 2002 em aviões da FAB. O senador também\n solicita as datas e nomes das autoridades que solicitaram os voos, assim como\n as rotas cumpridas pelas aeronaves, horários de chegada e partida e nomes de\n eventuais acompanhantes. \n \n Segundo\n Renan, os brasileiros têm direito às informações sobre os voos porque eles são\n custeados com dinheiro público. "Eu concordo, defendo a aprovação do\n requerimento. Os voos da FAB são custeados com recursos públicos. É importante\n que o contribuinte tenha nesta hora as explicações que a sociedade brasileira\n está cobrando. O senador Aloysio Nunes tem absoluta razão", disse Renan. \n \n No\n requerimento, o tucano critica a ação de Renan e do presidente da Câmara,\n Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de utilizarem as aeronaves para viagens de\n compromissos que não foram aceitos pela opinião pública como oficiais. \n \n "A\n confusão entre o público e o privado parece não ter limites, mas, no caso\n reportado, há regras claras devidamente normatizadas", disse o senador ao\n citar o decreto que autoriza os pedidos das aeronaves somente nos casos de\n segurança e emergência médica, viagens a serviço ou deslocamento para o local\n de residência permanente. \n \n "Tais\n hipóteses são taxativas, não sendo o caso de arguir-se subjetividade do\n conteúdo normativo desse decreto", disse Aloysio Nunes. O requerimento tem\n que ser aprovado pela Mesa Diretora da Casa para que o ministério encaminhe as\n informações ao Senado.\n \n VIAGENS \n \n Renan devolveu R$ 32 mil aos cofres públicos relativos ao uso da aeronave\n oficial no dia 15 de junho entre as cidades de Maceió, Porto Seguro e Brasília.\n O casamento da filha de Eduardo Braga ocorreu em Trancoso (BA) e reuniu\n diversas autoridades. \n \n A Folha também revelou que o\n ministro Garibaldi Alves Filho, da Previdência Social, viajou ao Rio em avião\n da FAB para ver o jogo do Brasil. No dia 28 de junho, Garibaldi foi a Fortaleza\n em agenda oficial. Em vez de voltar a Brasília, ele voou para o Rio, onde\n assistiu à partida no domingo. "Me senti no direito de o avião me deixar\n onde eu quisesse ficar", afirmou o ministro \n \n Garibaldi é primo do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),\n que usou outro avião da FAB para ver o jogo da seleção. A Folha revelou na quarta-feira (3) que\n Alves levou sete convidados de Natal para o Rio. Glauber Gentil, que foi para o\n Rio com Garibaldi, pegou carona com Alves para voltar a Natal. \n \n No mesmo dia, o presidente da Câmara disse que errou ao permitir que sete\n parentes pegassem carona em um avião da FAB para assistir ao jogo da seleção e\n devolveu à União R$ 9,7 mil, segundo ele, equivale em bilhetes comerciais à\n carona dada a parentes em avião oficial.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias