\n \n O juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande\n (especializada em processos de lavagem de dinheiro), está denunciando o abandono\n das aeronaves doadas ao Mato Grosso do Sul para as operações de segurança\n pública.
Ele revela que a Justiça já cedeu 13 aviões ao Estado, mas até hoje\n esses aparelhos não cumpriram as suas finalidades e estão praticamente\n sucateados, sem condições de utilização, entre eles um jatinho e um\n helicóptero.\n \n Na última semana, após audiência pública realizada na Câmara dos Deputados,\n em Brasília, onde se discutiu a insegurança nas fronteiras com a Bolívia e\n Paraguai, Odilon de Oliveira entregou à Comissão de Constituição, Justiça e\n Cidadania uma lista de aviões até agora repassados ao Mato Grosso do Sul e que\n não chegaram ao trabalho de patrulhamento da fronteira, como era proposto,\n ficando abandonados no hangar do Estado, no Aeroporto Internacional de Campo\n Grande.\n \n De acordo com o magistrado, atuante em região de fronteira há 30 anos, Mato\n Grosso do Sul, em relação ao número de habitantes, é o Estado com maior\n quantidade de aeronaves praticamente sem emprego algum no combate à\n criminalidade, principalmente, se levar em consideração o fato de ser porta de\n entrada do tráfico de drogas, armas e contrabando, via Bolívia e Paraguai.\n \n O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, chama\n a atenção para a complexidade da aviação, destacando que não se trata apenas de\n procedimentos de passagem ou aquisição de aeronaves. Segundo ele, ma própria\n segurança desse tipo de serviço são levados em conta entre outros fatores, a\n mantureção das aeronaves e a capacitação de pilotos.\n \n Ele cita, no caso do helicóptero Esquilo, que o mesmo foi entregue sem\n atender as especificações da licitação,pois ao invés de prever a manutenção\n obrigatória a cada 500 horas de voo, estabelecia o procedimento para cada 90\n horas e a cada três horas uma revisão mecânica no rotor.\n \n \n