O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), não escapará do\n constrangimento de comparecer à Câmara Municipal, na condição de réu, para\n depor na Comissão Processante, informa matéria publicada hoje no jornal\n Correio do Estado.\n \n Conforme a reportagem, o prefeito será intimado a se defender das acusações\n de contratar várias empresas, sem processo licitatório, com a desculpa de\n emergência. A CPI do Calote acusou, no relatório final do vereador Elizeu\n Dionízio (SDD), do prefeito fabricar a emergência para beneficiar empresas de\n pessoas ligadas ao sistema.\n \n A Comissão Processante ainda não definiu a data da convocação do prefeito. A\n preocupação do presidente da CP, vereador Edil Albuquerque (PMDB), é garantir a\n ampla defesa e o contraditório a Bernal para evitar nulidade do processo no\n âmbito judicial.\n \n No papel de “Ministério Público Político”, a Comissão Processante vai apurar\n se Bernal praticou infração político-administrativa com as irregularidades\n assinaladas na CPI do Calote. A comprovação do envolvimento do prefeito, a CP\n recomendará à Mesa Diretora da Câmara Municipal a cassação do mandato. Neste\n caso, o plenário do Legislativo se transformará num tribunal político para\n julgar o prefeito a perda de mandato.\n \n Ontem, a Comissão Processante fez duas reuniões para discutir a estratégia\n de atuação. Edil está aguardando a publicação no Diário Oficial a abertura do\n processo contra o prefeito para iniciar concretamente os trabalhos de análise\n do relatório da CPI do Calote.
No período da tarde, a comissão se reuniu com o\n presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB). Mario pretende\n “blindar” a comissão para que nenhum integrante antecipe o parecer durante as\n investigações.\n \n \n