Domingo, 4 de Maio de 2025
Política
28/11/2012 09:00:00
Brasil vai ampliar atendimento às mulheres vítimas de violência nas fronteiras
A Secretaria de Políticas para as Mulheres quer intensificar o atendimento às mulheres vítimas de violência nas fronteiras do país.

Agência Brasil/HJ

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\n \n A Secretaria de Políticas para as Mulheres quer intensificar o\n atendimento às mulheres vítimas de violência nas fronteiras do país.
De acordo\n com a ministra da pasta, Eleonora Menicucci, o governo brasileiro vai abrir, no\n início do ano que vem, mais três unidades dos Serviços de Atendimento\n Binacional que, em parceria com governos vizinhos, oferece assistência\n especializada às migrantes que sofrem violência. \n \n A ministra informou que as unidades serão implantadas em Corumbá\n (MS), na fronteira com a Bolívia; em Santana do Livramento (RS), próximo ao\n Uruguai; e em Brasiléia (AC), perto da Bolívia. \n \n “Uma das ações prioritárias de minha gestão é o atendimento às\n mulheres vítimas de violência nas nossas fronteiras, principalmente nas secas.\n Por meio do serviço, há ações de prevenção e de capacitação das pessoas que\n trabalham nas delegacias locais para o apoio especializado a essas mulheres, e\n o repatriamento das vítimas”, enfatizou, ao participar hoje (28) do 2º Encontro\n de Parceria Global Pelo Fim da Violência Contra a Mulher, em Brasília. \n \n Segundo Eleonora Menicucci, o Brasil tem atualmente unidades\n semelhantes em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela; no Oiapoque (AP),\n próximo à Guiana Francesa; e em Foz do Iguaçu (PR), na tríplice fronteira,\n entre Paraguai, Argentina e Brasil. \n \n Durante o evento, a ministra destacou, como parte das ações de\n proteção às brasileiras no exterior, o Ligue 180, que há um ano atende vítimas\n de violência na Espanha, em Portugal e na Itália. \n \n Levantamento da pasta indica que, de janeiro a outubro, o serviço\n recebeu 62 ligações procedentes, das quais 34% vindas da Espanha, 34% da Itália\n e 24% de Portugal. A maior parte dos atendimentos (35%) correspondia a relatos\n de violência, 4% a tráfico de pessoas e 2% a cárcere privado. De acordo com a\n ministra, foi identificado um alto percentual (22%) de pedidos de informação\n relacionado ao sequestro internacional de crianças. \n \n Ela informou que a partir de uma denúncia recebida pelo Ligue 180\n foi possível desarticular, este ano, juntamente com a Polícia Federal e o\n Ministério da Justiça, uma quadrilha de tráfico de mulheres que atuava em\n Ibiza, na Espanha. \n \n “Um casal, em que a mulher era brasileira e o marido alemão,\n mantinha em cárcere privado 27 mulheres, entre brasileiras e de outras nacionalidades.\n Conseguimos desarticular o esquema e todas elas foram repatriadas”, disse,\n acrescentando que o governo pretende estender o serviço a outros países, ainda\n não definidos. \n \n Dados do Ministério da Justiça revelam que, em seis anos, quase\n 500 brasileiros e brasileiras foram vítimas do tráfico de pessoas. Do total,\n 337 casos, que representam mais de 70% dos registros feitos de 2005 a 2011, referem-se à\n exploração sexual. O diagnóstico aponta que o Suriname, que funciona como rota\n para a Holanda, é o país com maior número de ocorrências, com 133 casos,\n seguido da Suíça, com 127. Na Espanha, o número de vítimas brasileiras chegou a\n 104 e, na Holanda, a 71. \n \n \n \n \n
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