Domingo, 4 de Maio de 2025
Política
27/03/2012 09:00:00
Comissão do Senado aprova fim de 14º e 15º salários a parlamentares
Pela nova proposta, parlamentares receberão ajuda de custo no início e no final da legislatura, e não a cada ano

Estadão/PCS

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\n \n A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira,\n 27,nbsp;projeto que extingue o 14º e o 15º salários pagos aos parlamentares.
Apesar do protesto de alguns senadores, todos votaram a favor do projeto da\n senadora licenciada e ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Pela\n proposta, senadores e deputados só vão receber a chamada ajuda de custo no\n início e no final da legislatura, e não a cada ano, como ocorre hoje.\n \n Atualmente, cada parlamentar recebe dois salários, de R$ 26,7 mil cada, nos\n meses de fevereiro e dezembro. O projeto seguirá para votação pelo plenário do\n Senado e, se aprovado, vai para a Câmara dos Deputados.\n \n O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), relator da matéria, disse que os extras,\n que ele chamou de "ajuda de custo", não se justificam mais. Segundo\n ele, a verba começou a ser paga para custear as despesas com a mudança dos\n parlamentares e seus familiares para o Rio de Janeiro, antiga sede do poder\n Legislativo, e para Brasília, com a transferência da sede.\n \n Lindbergh disse que, embora não concorde com setores que queiram\n "demonizar" os políticos, o benefício não deve ser mantido. "Não\n dá para explicar a um trabalhador nos estados que recebemos recebendo 14º e 15º\n salários", afirmou.\n \n O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) disse que atualmente o pagamento dessa\n verba não se justifica mais. "Hoje Brasília está perto de qualquer capital\n do Brasil".\n \n Coube ao senador Cyro Miranda (PSDB-GO) a maior reclamação pública à\n proposta. Apesar de votar favoravelmente, Miranda disse ter "pena" de\n quem sobrevive apenas com o salário de parlamentar. Não é o caso dele, disse.\n "Eu tenho pena daquele que é obrigado a viver com R$ 19 mil líquidos com\n esta estrutura que temos aqui", criticou o senador, que é empresário com\n patrimônio declarado à Justiça Eleitoral, em 2006, de R$ 3 milhões.
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